Educação infantil

Educação infantil
É brincando que se aprende

sábado, 19 de março de 2011

Projeto de Incentivo a leitura

UNIVERSIDADE GUARULHOS

DISCIPLINA: PROJETOS E CONCEPÇÕES INTERDICIPLINARES
PROFESSOR: TONI CARLOS
INCENTIVAR O HÁBITO A LEITURA POR MEIO DE GÊNEROS TEXTUAIS.
JANETE ARAÚJO DE LIMA
ITAQUÁ
NOVEMBRO
2010

SUMARIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
TEMA...........................................................................................................................4
TURMA........................................................................................................................5
ARÉA DO CONHECIMENTO.....................................................................................6
TEMAS TRANSVERSAIS............................................................................................7
DURAÇÃO..................................................................................................................8
PRODUTO FINAL........................................................................................................9
PÚBLICO ALVO.........................................................................................................10
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................11
OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................12
CONTEÚDOS.............................................................................................................13
ETAPAS PREVISTAS................................................................................................14
LISTAS DE ATIVIDADES..........................................................................................16
MATERIAL .................................................................................................................17
AVALIAÇÃO...............................................................................................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................2
INTRODUÇÃO
As atividades que estimulam o hábito da leitura, o conhecimento dos diferentes tipos de fontes de informações (livros, revistas, dicionários, entre outra, livro didático) e a utilização metódica para obtenção de material bibliográfico são fatores que influenciam o aprendizado nos seus diversos momentos da vida e favorecem o desenvolvimento e consolidação do hábito de leitura nas crianças.
A leitura não só desperta na criança o gosto pelos bons livros e pelo hábito de ler como, também, contribui para despertar a valorização exata das coisas, desenvolverem suas potencialidades, estimular sua curiosidade, inquietar-se por tudo que é novo, ampliar seus horizontes e progredir.

TEMA:
Incentivar o hábito da leitura através de gêneros textuais, para alunos do 3º ano do ensino fundamental:
A leitura é muito importante, pois além de ser o veículo eficaz contínuo de aprendizagem, também auxilia o desenvolvimento harmonioso da personalidade. É um instrumento de educação, proporciona condições de formar espíritos críticos, e é uma fonte de crescimento interior. Ler não é apenas instruir, mas divertir e enriquecer para que isso se torne um hábito diário.
Há uma fragilidade no sistema educacional brasileiro e a inexistência de medidas mais amplas e eficazes no sentido de promover a cultura e, por extensão, a leitura.
O projeto terá várias etapas, para mostrar a importância da leitura, criação de história, Leitura em voz alta, Leitura pelos alunos, discussão sobre as histórias lidas e discussão sobre os autores das histórias, no final será escolhida uma história e será feita uma peça de teatro para toda a escola e a comunidade.
É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. A principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão conseqüência natural dessa ação. Por conta dessa concepção equivocada escola vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler (Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa p55).

A leitura deve ser estimulada desde sedo para que se formem leitores capazes de não só decodificar os símbolos, mas sim de saber interpretar o que está sendo lindo para se tornar um leitor crítico, reflexivo e dominar plenamente a leitura, e ser capaz de uma reflexão mais profunda do texto e da realidade.

TURMA:
Esse projeto é destinado para os alunos do 3º ano do ensino fundamental, pois, eles ainda estão em inicio de alfabetização e com isso promover o habito da leitura desde cedo.
ARÉA DO CONHECIMENTO:
Língua portuguesa/Literatura.
TEMAS TRANSVERSAIS:
Pluralidade cultural e ética.
A leitura é um ato que proporciona ao leitor diferentes maneiras de se conhecer o mundo e de diferentes culturas por isso que devemos proporcionar ao aluno diferentes textos e de diferentes maneiras.
Um conhecimento fundamental para a leitura da pluralidade Cultural são as muitas linguagens que se apresentam como fator de identidade de grupos e indivíduos. Conhecer e respeitar deferentes linguagens é decisivo para que o trabalho com este tema possa desenvolver atitudes de diálogo e respeito para com culturas distintas daquela que a criança conhece, do grupo do qual participa. (Parâmetros Curriculares Nacionais Pluralidade cultural p76).

É de suma importância oferecer diversas formas de cultura para o aluno para que desde cedo, aprenda a respeitar o outro e aprenda a ter espírito de cidadania.
Diálogo, respeito mútuo, solidariedade, cooperação. Uso e valorização do diálogo como instrumento para esclarecer os conteúdos e de compartilhar descobertas.
DURAÇÃO:
Terá a duração de aproximadamente, um bimestre, será trabalhado duas vezes na semana porque há a necessidade de se trabalhar outras disciplinas. Porém a leitura é algo infinito e que é trabalhado permanentemente em todas as disciplinas.
PRODUTO FINAL:
Ao final será feito uma elaboração de um livro com história inventada pelos alunos, individual e um mural para exposição.
PÚBLICO ALVO:
O Projeto visa atender a todos os alunos da escola, professores, funcionários, e a todas as pessoas pertencentes à comunidades para que esse público perceba o quanto é importante a leitura e o quanto isso pode ser prazeroso.
JUSTIFICATIVA:
Para formar um bom leitor, é preciso que esse tenha um maior contato com textos. O ideal é não impor títulos, mas metas a serem alcançadas e que o material escrito apresentado aos alunos seja interessante e desperte a curiosidade das crianças. Com esse contato desde as séries iniciais, ao sair da escola, o aluno estará capacitado e habituado a uma boa leitura.
Incentivar a leitura e o contato com os livros desde cedo.
Torna a leitura um ato prazeroso, promover os alunos ativamente em rodas de leitura.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:

Adquirir o prazer da leitura.
Estabelecer relação entre o texto lido e outros já conhecidos;
Estabelecer relação entre o texto real da fantasia.
Desenvolver a capacidade de comentar o que leu.
Incluir informações dadas sobre o texto na elaboração de comentários;
Desenvolver a capacidade de cria historia e escrever corretamente;
Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos;
Saber reconhecer, organizar e utilizar nas produções os recursos linguísticos presentes nos textos.
Promover o gosto pela leitura vivenciando emoções, fantasias e imaginação, compreendendo que escreve-se para que alguém leia;
Desenvolver as capacidades das habilidades linguísticas: falar, escutar, ler e escrever.
CONTEÚDOS:
Estratégias de Leitura (leitura silenciosa, em grupo, individual); leitura, compreensão e interpretação.
O texto: leitura e reflexão.
Estudo dos aspectos lingüísticos do texto: ortografia, pontuação, coerência e coesão textual; as ilustrações: o texto, a imagem e o autor.
Gêneros e Tipos textuais-características básicas dos tipos textuais;
O texto narrativo-as seqüências narrativas, os marcadores de tempo, etc.
O texto descritivo-a descrição e o ponto de vista.
O texto argumentativo-as seqüências argumentativas, a persuasão, o parágrafo argumentativo.
Textos Literários e não literários e contos.
Confecção de uma história.
Exposição.

ETAPAS PREVISTAS:
1º Etapa:
Será feita uma roda de conversa com os alunos para verificar quais são seus conhecimentos prévios sobre leitura, diagnosticado seus conhecimentos, os alunos irão ler em silêncio e em seguida discutir sobre o que entendeu da história lida,
Tempo estimado: 2 h/ aula

2º Etapa:
Será pedido para que os alunos observem os aspectos lingüísticos dos textos lidos, assim como, ortografia parágrafo, pontuação coesão, imagens e os autores dos textos. Tempo estimado.
Tempo estimado: 2 h/ aula.

3º Etapa:
Será, explicado para os alunos sobre diferentes tipos de textos, Gêneros textuais e suas características básicas.
Tempo estimado 2 h/ aula.


4º Etapa
Em uma caixa será organizado pelo professor textos narrativo, descritivo, argumentativo, literários e não literários e contos. Em seguida os alunos serão submetidos escolha de cada um dos textos após, feito as escolhas os alunos irá ler todos os textos escolhidos, fará uma reflexão sobre gêneros textuais, a ortografia usadas nos textos, recursos linguísticos, e as diferenças dos textos reais para os textos não reais. Feito esse processo será feito uma discussão sobre o que eles entenderam dos textos, eles serão aguçados a expor suas opiniões.
Tempo estimado, 4 h/ aula.

5º Etapa:
Com base nos textos que os alunos leram e aprenderam durantes as aulas anteriores, eles irão confeccionar uma história individual, inventada por cada um, com ilustração. Se necessário será feita intervenções, de maneira que os façam pensar e resolver a situação problema sozinhos. Em seguida será feito um mural para exposição das histórias para todos da escola e da comunidade.
Tempo estimado, 4h/aula.
LISTAS DE ATIVIDADES:
leitura silenciosa;
leitura e reflexão;
Estudo dos aspectos lingüísticos do texto;
Leitura de textos narrativo, descritivo, argumentativo,Literários e não literários e contos;
Reflexão sobre diferentes gêneros textuais;
Confecção de uma história e exposição;

Será avaliado a Confecção da história e exposição, com os seguintes critérios:

Ótimo ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografia, sozinho.

Bom ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografias, Com a intervenção do professor.

Regular ( )
O aluno não conseguiu escrever a história, mesmo com a intervenção do professor.


MATERIAL:
Lápis;
Borracha;
Folha de sulfite;
Jornal;
Revista;
Dicionário;
Livros de:
Contos, poesia, literatura;
Alguns materiais são de uso diário dos alunos, porém os livros e os restantes dos materiais são adquiridos na Sala de Leitura e no deposito de material da Unidade Escolar.
AVALIAÇÃO:
Concepção de avaliação: Formativa/ mediadora.
Técnica de avaliação: Teste.
Instrumento de avaliação: Confecção de um livro com uma história inventada pelos alunos e exposição em um mural.
Unidade de medida: Conceito ótimo, Bom, Regular.

Ótimo ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografia, sozinho.

Bom ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografias, Com a intervenção do professor.

Regular ( )
O aluno não conseguiu escrever a história, mesmo com a intervenção do professor.


O Professor durante a avaliação deverá fazer intervenções de acordo com as necessidades dos alunos, provocando os alunos a pensar sobre os erros que possivelmente ocorram, pedindo para revisarem a escrita das histórias, observando palavras com erros ortográficos e de pontuação, pedir para que usem o dicionário para verificação da escrita das palavras, e chegue à resposta certa sozinho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A criança quando apresentada ao mundo da leitura necessita receber apoio e incentivos para que tal prática se concretize, uma vez que, o uso diário da leitura durante esta fase de compreensão e conhecimento da leitura é extremamente importante, pois é a partir das expressões e hábitos cotidianos que a criança realiza o entendimento desse universo desconhecido.
Dessa forma a escola tem papel fundamental nesse contexto. É ela, o primeiro espaço legitimado de produção da leitura e da escrita de forma consciente. E é dela, a responsabilidade de promover estratégias e condições para que ocorra o crescimento individual do aluno despertando-lhe interesse, aptidão e competência.
Para finalizar uma apropriação das sabias palavras do grande mestre Rubem Alves: “Bom seria que o professor dissesse aos seus alunos – Leiam esse livro. Ruminem. Depois de ruminar, escrevam os pensamentos que vocês pensaram, provocados pelos pensamentos do autor. Os pensamentos dos outros não substituem os seus próprios pensamentos. Somente os seus pensamentos estão vivos em você. Um livro não é para poupar-lhes o trabalho de pensar. É para provocar o seu pensamento.”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Livro:
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental.
B823p Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa /
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :
144p.

Parâmetros curriculares nacionais. 1. Pluralidade cultura: Ensino
de primeira à quarta série. I. Título.

Parâmetros curriculares nacionais. 2. Ética : Ensino
de primeira à quarta série. I. Título.
CDU: 371.214.

Estratégia de leitura/6º Edição. Solé, I
Editora Artmed.

L.E.R.: Leitura, Escrita e Reflexão: Nova Proposta - 3 Série - 1 Grau.
Editora FDA/ Márcia leite/ Cristina bassi.
Hoffmann, Jussara
Avaliação mediadora: Uma pratica em construção da Pré escola à Universidade/ Jussara Roffmann.- Porto Alegre: Editora Mediação,1993. 20ª Edição,02003. 160 p.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Incentivo ao Hábito da Leitura

Leitura De Livros Paradidáticos


Autor: Walderclaudio Nascimento Santos

O Livro Paradidático

Os conhecimentos que o educando vai desenvolver ao longo de sua caminhada educacional estão estreitamente relacionados ao livro paradidático que a escola trabalha ao longo do período, com seus alunos.

Por mais diversificadas que sejam as concepções e as práticas de ensino e aprendizagem, possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento implica escolher uma abordagem metodológica, ser coerente em relação a ela e, ao mesmo tempo, contribuir satisfatoriamente para a consecução dos objetivos, quer da educação geral, quer da disciplina e do nível de ensino em questão.

Por outro lado, as estratégias propostas devem mobilizar e desenvolver várias competências cognitivas básicas, como a compreensão, a memorização, a análise, a sintaxe, a formulação de hipóteses e o planejamento. Portanto, o livro paradidático não poderá, em detrimento das demais, privilegiar uma única dessas competências, sob pena de induzir a um domínio efêmero dos conteúdos escolares e comprometer o desenvolvimento cognitivo do educando.

Segundo Rangel,

Como instrumento e reflexo dessa situação particular, o livro paradidático precisa atender a essa dupla exigência; de um lado, os procedimentos, as informações e os conceitos propostos nos manuais escolares devem ser corretos do ponto de vista das áreas do conhecimento a que se vinculam. De outro lado, além de corretos, tais procedimentos, informações e conceitos devem ser apropriados à situação didático-pedagógica a que servem. Em decorrência disso, necessitam atender ao consenso dos diferentes especialistas e agentes educacionais quanto aos conteúdos mínimos a serem contemplados e ás estratégias legítimas para a apropriação desses conteúdos. Na medida em que os currículos são a expressão mais acabada desse consenso, é imprescindível que os livros paradidáticos considerem as recomendações comuns às diferentes propostas curriculares estaduais e municipais em vigor. (2000, p.08)

Considera-se fundamental que o livro paradidático venha acompanhado de orientações ao professor que explicitem os pressupostos teóricos, de bibliografia e de sugestões de leituras que contribuam para sua formação e atualização. É importante que oriente o docente para a articulação dos conteúdos do livro entre si e com outras áreas do conhecimento, trazendo, ainda, proposta e discussão sobre a avaliação da aprendizagem. É desejável, também, que apresente sugestões de atividades e de leituras para os alunos.

O livro paradidático é um recurso indispensável dentro do espaço escolar, pois o professor pode utilizá-lo como suporte para planejar suas aulas, elaborar atividades, selecionar questões, ampliar seus conhecimentos, elaborar avaliações. Para o aluno o mesmo torna-se indispensável, pois é através dele que o mesmo interage com a história, desenvolve pesquisas, e conhece civilizações, povos e culturas que existiram há centenas de anos.

A educação escolar caracteriza-se pela mediação didático pedagógica que se estabelece entre conhecimentos práticos e teóricos. Por isso mesmo, seus procedimentos e conteúdos devem adequar-se tanto á situação especifica da instituição escolar e do desenvolvimento do educando quanto aos diferentes saberes a que se recorre. (RANGEL, 2000 p.08)

O livro paradidático é peça fundamental para o cumprimento do currículo escolar, pois com o livro o aluno lê e resolve as atividades no próprio livro sem perca de tempo, sem o livro paradidático o professor tem que tirar uma aula para copiar o conto, a fábula, a história, outra para copiar a atividade de leitura e observação dos fatos e outra para copiar o conteúdo como foco, personagens, lição de vida ou moral da história, todas essas ações poderiam ser realizadas em uma única aula se o professor tivesse o livro paradidático como recurso facilitador da aprendizagem e da leitura.

Quando não há o livro na sala de aula o professor acaba por perder muito tempo copiando conteúdos e atividades, e assim acaba por não conseguir cumprir com a proposta curricular. Portanto, não se pode perder de vista que o objetivo último da educação escolar é “preparar o educando para o exercício da cidadania” e “qualificá-lo para o trabalho”. E isto só se torna possível quando a escola dispõe de bons livros paradidáticos de apoio facilitando assim o processo de ensino e aprendizagem.

A importância do livro paradidático para o desenvolvimento da leitura

Ler é essencial. Através da leitura, testa-se os próprios valores e experiências com as dos outros. No final da leitura de cada livro, fica-se enriquecido com novas experiências, novas idéias, novas pessoas. Eventualmente, fica-se conhecendo melhor o mundo, e um pouco mais de si mesmo.

O livro pode ser entendido como um documento escrito e assinado pela mão da humanidade, que registra a vitória do saber sobre a calamidade da ignorância. Ele é o documento do passado, do presente e uma visão profética do futuro, que ajuda a pessoa a entender o mundo, a vida e a si mesmo. (MENEGOLLA, 1991, p. 100).

Ler é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e por vezes, complicados. Os livros transportam as pessoas para outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros possibilitam que se vivencie em situações e dilemas que nunca poderia imaginar encontrar. Os livros ajudam a sonhar e pensar.

Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros. Na escola aprende-se gramática e vocabulário. Contudo, essa aprendizagem nada é comparada com que se pode absorver de forma natural e sem custo através da leitura regular de livros.

Alguns livros são simplesmente melhores que outros. Alguns autores vêem com mais profundidade o interior de personagens estranhas, e descrevem o que eles vêem e sentem de uma forma mais real e efetiva. As suas obras podem exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente sobre determinados assuntos. Mas o esforço vale a pena, pois esses autores podem proporcionar aventuras que permanecem na memória para toda a vida.

É essencial perseverar. A maioria da boa escrita é multi-facetada e complexa. É precisamente essa diversidade e complexidade que faz da literatura uma atividade recompensatória e estimulante.

Muitas vezes um livro tem que ser lido mais de uma vez e com abordagens diferentes. Estas abordagens podem incluir: uma primeira leitura superficial e relaxada para ficar com as principais idéias e narrativas; uma leitura mais lenta e detalhada, focando as nuances dos textos, concentrando-nos no que nos parece ser as passagens chave; e ler o texto de forma aleatória, andando para trás e para frente através do texto para examinar características particulares tais como temas, narrativa, e caracterização dos personagens.

Segundo Ferreiro:

A necessidade de ler, de se informar, de estar atento aos grandes e pequenos temas, de abandonar a passividade e opinar sobre tudo que nos cerca. A leitura nos dá a segurança na construção da linguagem clara dizendo o que queremos dizer. A informação nos garante um nível satisfatório de argumentos. (FERREIRO, 2004, p.27)

Todo leitor tem a sua abordagem individual, mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um livro e lê-lo várias vezes.

A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada no período de alfabetização e continuar nos diferentes graus de ensino. Ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento.

A leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. Está intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem situar-se com os outros. Possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a massificação executada principalmente pela televisão. Para o educando, o livro é ainda um importante veículo para a criação, transmissão e transformação da cultura.

Através do hábito da leitura, o homem pode tomar consciência das suas necessidades, promovendo a sua transformação e a do mundo.

O livro pode ser considerado como precioso recurso de ensino. No entanto, não é tão popular como o giz, o quadro negro, o lápis e o caderno. É grande o número de livros aditados, com inúmeros títulos diferentes que poderiam, se bem utilizados, concorrer para a melhoria da qualidade do ensino, Campos (1987, p. 38) enfatiza que:

O professor tem a liberdade de escolher as obras didáticas para seus alunos em função do conhecimento que tem dos livros, da escola e dos alunos. Pode ainda usar de materiais impressos para o ensino de sua disciplina: dicionários, revistas, jornais e outros e, até mesmo, elaborar seus próprios textos, incentivando assim as muitas formas de ler.

É necessário que se lembre que a educação do ser humano envolve sempre dois fatores, como nomeia Ferreiro (1985); formação e informação. Por isso, os conhecimentos transmitidos às novas gerações devem ser trabalhados com os valores e costumes para que ocorra a sobrevivência e evolução da cultura. Os textos podem ser utilizados na realização de objetivos educacionais tanto para formar como para informar.

A aprendizagem da leitura sempre se apresenta intencionalmente como algo mágico, senão enquanto ato, enquanto processo da descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso. Freire (1985 p.43) diz: “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. Refletindo melhor, se poderia dizer: ninguém ensina ninguém a ler. O aprendizado é em última instância, se desenvolva na convivência, cada vez mais com os outros e com o mundo, naturalmente!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve por finalidade levar o educador a refletir sobre as práticas de leitura desenvolvidas com o apoio do livro paradidático em sala de aula, mostrando tipos de leitura e a importância de se desenvolver a mesma no espaço escolar, pois é através da leitura que o educando interage com os outros e desenvolve, assim, a suas habilidades cognitivas.

Essa interação proporciona o conhecimento da própria realidade social, cognoscitiva e tecnológica como um todo, pois uma triste realidade que podemos observar na escola, é que a maioria dos educadores utiliza o livro didático como único elemento chave da sua prática pedagógica. Sendo assim torna-se para o educando o ensino um processo doloroso. Onde o verdadeiro papel do nosso sistema educacional deveria ser o de acordar o homem para ter vez e voz, de concordar ou discordar, de falar e de calar, de defender seus direitos, quando isto for necessário. Proporcionar uma educação para a inclusão cognoscitiva, ensinando a estender a mão para salvar o homem e não para esmagá-lo. Educar não é oprimir. É libertar. É contestar.

De tudo o que se pode observar, um grande e importante objetivo para o ensino é a formação de um leitor maduro. A maioria dos autores consultados falam em leitor crítico. Tanto a primeira expressão quanto a segunda expressam o grau de aprendizagem do educando e a sua formação para um leitor consciente não depende somente de sua trajetória escolar.

Quanto se delimitou o tema, o que se quis estipular foi que, a superação das dificuldades, e mais especificamente com relação à leitura, não é tarefa de um uma única instituição social, mas de toda a Nação como um todo, através da definição de um projeto político, econômico e social que vise a melhoria das condições de vida da população e seu acesso aos bens socialmente produzidos, incluindo o conhecimento elaborado.

É preciso que todos os profissionais envolvidos na educação tenham a consciência de que é fundamental que o poder público estabeleça uma política educacional clara, com objetivos bem definidos, que garanta atendimento escolar de boa qualidade a toda à população e, ao mesmo tempo, respeite as diversidades sócio-culturais.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. 4.ed. São Paulo: Scipione,1992.

BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo: África, 1995.

BRASIL, MEC. Valorização e Formação: em busca do saber. In: Revista do Professor. Brasília, MEC/SEF, nº25, out. 2003. p. 35.

CAMPOS, Dinah M. Sousa. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis – RJ: Vozes, 1987.

FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Trad. De Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artmed, 1985.

FERREIRO , Emília; TEBEROSKY,Ana . Psicogênese da Língua Escrita.

Èdição comemorativa dos 20 anos de publicação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,1999. 299p.

FERREIRO, Emília. Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Porto Alegre: Artmed, 2004.

FONSECA, Vitor da. Educação Especial. Lisboa: Ed. Notícias, 1989.

FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de Aprendizagem. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1995.

FREIRE, Paulo. A Importância Do Ato De Ler. Em três artigos que se completam, 40. ed. São Paulo: Cortez , 2000. 36p. (Coleção Questão da Nossa Época).

RANGEL, Egon Oliveira, Língua Portuguesa de 1ª a 4ª série. Ministério da Educação. 2000.

Revista Do GEEMPA N0. 6 Ensinando Que Todos Aprendem . Porto Alegre,RS : Edelbra Indústria Gráfica : 1998. 82p.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29.ed. São Paulo: Cortez, 1994.

________ Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (coleção Leitura)

KLEIMAN, Ängela. A concepção escolar da Leitura: oficina de leitura (teoria e prática) São Paulo: Pontes Editores, 1993.

_________ Aspectos cognitivos da leitura. Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 1989.

La TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygostsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

MACEDO, Lino. Ensaios construtivistas. São Paulo: Brasiliense, 1992

MARTINS, Jaqueline Pinto & SANTOS, Gilberto Pinheiro, Metodologia da Pesquisa Científica, Rio de Janeiro: Grupo Palestra 2003.

MENEGOLLA, Maximiliano. Sua Majestade: o livro. In: Mundo Jovem. São Paulo: Abril, nº226, jul. 1991, p. 27.

ORLANDI, E. Pulcinelli. Discurso e leitura. Campinas – SP: Cortez – Unicamp, 1988.

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___________. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da

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___________ Criticidade e leitura: ensaios. Campinas, São Paulo: Mercado de letras, 1981 (Coleção Leituras do Brasil).

TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Porto Alegre: Artmed, 2004.

ZILBERMAN, Regina. Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática (Série Fundamentos)1988.

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/leitura-de-livros-paradidaticos-1131420.html


Perfil do Autor

Graduado em Pedagogia e LETRAS;
Pespecialista em Português e Literatura; Gestão e Coordenação escolar e Docência do Ensino Superior em Educação.
Mestre em Educação;
Doutorando em Educação.