Educação infantil

Educação infantil
É brincando que se aprende

domingo, 19 de junho de 2011

Meu trabalho de conclusão de curso de pedagogia

2- O PAPEL SOCIAL DA LEITURA.

Sabemos que a leitura vai além de decodificações de sinais, é uma janela para o mundo, amplia o conhecimento, abre a mente do leitor, desenvolve o espírito investigativo, estimula a criatividade, favorece a autonomia de pensamento, a autocrítica e o senso de julgamento, ler não significa identificar as palavras, mas fazê-la ter sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for importante, ultrapassando a fronteira da cultura local, a partir da abertura para outras culturas.
Desde que nascemos, ao nosso primeiro contato com as coisas do mundo, ocorre o primeiro passo para a leitura e isso é o que chamamos de aprendizado natural, ou seja, não é um aprendizado forçado. Não seria só leitura de livros, tudo o que vemos que pegamos ou que sentimos é uma forma de leitura, que pode ser agradável ou não.

Uma superfície áspera desagrada, no entanto, o toque macio de mãos ou de um pano como se integram à nossa pele. E o cheiro do peito e a pulsação de quem nos amamentam ou abraça pode se convites à satisfação ou ao rechaço. Começamos assim a compreender a dar sentido ao que e a quem nos cerca. Esses também são os primeiros passos para aprender a ler. (Martins, 2004, p. 11).

Existem três níveis de leitura, a leitura sensorial que se nos mostra ao primeiro contato com o texto ou situação; a emocional que é criticar o livro ou a situação, logo à primeira vista e a racional que é buscar interpretar corretamente o texto. A leitura é uma atividade de construção dos sentidos de um diálogo do eu com o outro. Por isso devemos sim que nos adaptar ao prazer da leitura do dia a dia, para sermos mais eficientes.
Desde a infância o homem desenvolve a mente, através da leitura, lendo desde gibis a livros de histórias infantis, e com a continuação do hábito, novas informações, vão aparecendo e sendo renovadas. Portanto devemos é ler, ler e ler para a descoberta de novos conhecimentos. Ao ler transformamo-nos numa verdadeira fonte de informações, que devemos colocar em prática ao longo da vida, seja no nosso dia a dia, na escola e/ou na vida profissional.

3- A ESCOLA E A FORMAÇÃO DA COMPETÊNCIA LEITORA
A escola tem um destaque muito importante na formação da competência leitora do indivíduo, pois, como sabemos, é na escola que acontece a educação formal, portanto o papel fundamental da escola é formar um leitor competente e crítico.
O leitor competente é aquele que sabe selecionar o que quer ler, e entender o que leu, assumindo uma postura perante a leitura e modificando a si mesmo, tornado-se questionador, capaz de resolver situações complexas, sem a necessidade de alguém para auxiliar. Porém, para que isso aconteça, desde cedo, a família, juntamente com a escola, deverá propor aos alunos diversos contatos com a leitura, até mesmo antes de elas saberem ler, criando a rotina de leitura para que, deste modo, o indivíduo tenha o hábito de ler, ler por prazer.
A escola valoriza muito a leitura só que são poucos os jovens que lêem um livro porque gostam, mas sim porque o professor manda e isso faz com que o aluno não sinta prazer em ler, desta forma, quando o aluno sai da sala de aula, não se interessa por leitura.
A responsabilidade da leitura é de todas as disciplinas e deve ser ensinada conforme o contexto do aluno e os conhecimentos que o aluno já tem, estabelecendo relações, em todas as áreas do conhecimento nas práticas que envolvam a leitura e produção de texto.
Segundo o livro, Retratos da leitura no Brasil, pesquisa realizada pelo Instituto Pró-livro (2010), a escola dá acesso aos livros, porém não está formando leitores, pois pesquisas apontam que a maioria dos leitores só lê porque estão na escola, a partir do momento que saem lêem menos. Isso porque a leitura usada na escola limita-se à decodificação de sinais e para fins didáticos.
Vemos muitos casos de professores que trabalham a leitura como algo mecânico ou aleatoriamente ou até mesmo uma leitura distante da realidade do aluno ou leitura imposta. E isso tem muita influência na hora de formar um bom leitor, pois o papel do professor é de propiciar as possibilidades de leitura, por isso deve apresentar livros a esse aluno como algo deslumbrante e na verdade tem que ser mesmo deslumbrante, para que o aluno goste, pratique e seja um leitor independente.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental deixam bem claro que:
É preciso, portanto, oferecer-lhes os textos do mundo: Não se formam bons leitores solicitando aos alunos que leiam apenas durante as atividades na sala de aula, apenas no livro didático, apenas porque o professor pede. Eis a primeira e talvez a mais importante estratégia didática para a prática de leitura: o trabalho com a diversidade textual. Sem ela pode-se até ensinar a ler, mas certamente não se formarão leitores competentes (BRASIL, 2000, p. 55).

O professor deverá usar de muitas estratégias e textos diversificados para efetivação da leitura pelos alunos e, na medida em que os alunos vão avançando, novas estratégias deverão ser lançadas, antecipando para os alunos do que a leitura trata, fazendo perguntas a fim de saber o que os alunos já sabem para que dessa forma os alunos compreendam melhor.
O livro Orientações curriculares do ensino fundamental I, (prefeitura de São Paulo, p. 25), apresenta algumas sugestões de estratégias de leitura para serem usadas em sala de aula.
A leitura compartilhada é uma estratégia que favorece a formação de leitores competentes, e, portanto, é essencial em leitura que tenha sequência, e preferível que seja no início da aula. É uma leitura feita pelo professor enquanto os alunos, com uma cópia, vão acompanhando e o professor vai instigando os alunos a respeito do texto e a linguagem usada. O professor deixa explícito como se faz uma leitura correta, faz interferência e fala seu ponto de vista perante as idéias do autor.
A leitura em voz alta é uma leitura feita pelo professor e se trata de uma leitura mais complexa que muitas vezes sozinho o aluno não consegue fazer e que vai despertando a curiosidade no aluno. O professor deve promover uma discussão de como é organizado o texto, o tipo de linguagem, gênero, autor e outros aspectos, permitindo que os alunos elaborem suas idéias com relação ao texto.
A leitura autônoma que é uma leitura feita pelo aluno, de preferência em silêncio, sem a interferência do professor que possibilita ao aluno ter confiança em si mesmo. O professor deve permitir que os alunos selecionem os textos que desejam ler, para que, desta forma, os alunos construam sua autonomia em ralação à leitura.
Todas essas situações são reais e significativas para estimular a formação de um bom leitor, capaz de reconhecer que a leitura é essencial em sua vida e mostrando que lemos com alguma finalidade, lemos para nos mantermos informados, para nos divertimos, para sabermos mais sobre um determinado assunto, enfim, existem diversas razões para lermos.
O Governo Federal criou Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) para dar acesso a toda a sociedade e incentivar a leitura, esse Plano Nacional de Leitura tem como objetivos centrais:
Formar leitores, buscando de maneira continuada substantivo aumento do índice nacional de leitura (número de livros lidos por habitante/ano) em todas as faixas etárias e do nível qualitativo das leituras realizadas; Implantação de biblioteca em todos os municípios do país (em até 2 anos); Realização bienal de pesquisa nacional sobre leitura; Implementação e fomento de núcleos voltados a pesquisas, estudos e indicadores nas áreas da leitura e do livro em universidades e outros centros; Concessão de prêmio anual de reconhecimento a projetos e ações de fomento e estímulo às práticas sociais de leitura; Expansão permanente do número de salas de leitura e ambientes diversificados voltados à leitura; Identificação e cadastro contínuos das ações de fomento à leitura em curso no país; Identificação e cadastro contínuos dos pontos de vendas de livros e outros materiais impressos não periódicos; Elevação significativa do índice de empréstimos de livro em biblioteca (sobre o total de livros lidos no país); Aumento do número de títulos editados e exemplares impressos no país; Elevação do número de livrarias do país; Aumento da exportação de livros; expansão do número de autores brasileiros traduzidos no exterior; Aumento do índice per capita de livros não-didáticos adquiridos; ampliação do índice de pessoas acima de 14 anos, com o hábito de leitura que possuam ao menos 10 livros em casa; Estimular a criação de planos estaduais e municipais de leitura (em até 3 anos), Apoiar o debate e a utilização de copyrigths não-restritivos (copyleft e creative commons), equilibrando direito de autor
com direitos de acesso à cultura escrita. (http://www.oei.es/fomentolectura/pnll_brasil.pdf, Acessado em 24/04/2011, PNLL, p. 25, 26).

Porém, com todas essas políticas públicas promovidas, ainda temos muito que fazer, pois resultados de pesquisas feitas pelo instituto Pró-livro mostram que a situação dos leitores em nosso país não é muito satisfatória.
Nos últimos anos importantes passos foram dados para a promoção e estímulo a leitura no Brasil, mas ainda são muitos os desafios. De acordo com o último estudo realizado pelo Instituto Pró-Livro (IPL), o brasileiro - com mais de 5 anos de idade - lê em média 4,7 livros por ano, sendo que neste dado constam também os livros indicados pela escola, sem eles, o índice de leitura espontânea é muito inferior, de apenas 1,3 livros em média por ano[...].( www.prolivro.org.br, acessado em 25/04/2011).

Sabemos que muito já vem sendo feito para mudar isso, porque não são todos os professores que agem desta maneira, existem muitos projetos de leitura feitos por escolas e por professores que têm um destaque muito grande na formação da competência leitora do aluno, como por exemplo, muitas escolas em seu projeto político pedagógico priorizam a leitura como partes principais de suas metas, incluindo leitura de jornais, revistas, livros literários e outros, atividades, palestra e oficinas de leitura, para conscientizar pais de alunos e alunos.
Se os alunos não conseguem ler ou não interagem com a leitura, certamente é porque em casa não vêem ninguém envolvido com leitura. É por esta razão que professores devem mostrar para esses alunos o quanto é gostoso ler recomendar títulos, falar sobre livros, etc.
Acredita-se que agindo assim teremos alunos competentes e comprometidos com a leitura.

4- GÊNEROS TEXTUAIS, ENSINO E FORMAÇÃO DA COMPETÊNCIA LEITORA.
Trabalhar com gêneros textuais na sala de aula é propiciar ao aluno diferentes formas de ver o mundo, é trazer a realidade para dentro da sala de aula, é mostrar para o aluno que existem diferentes formas de gêneros, e que são usados para muitas finalidades, para ler, ver, falar, escrever, ouvir e que são essenciais em nosso dia-a-dia, mostrando também o seu significado. No entanto, não necessariamente definindo ou especificando, mas mostrando a importância e a diferença de que todos os gêneros têm para dessa forma fazer sentido com a contextualidade do aluno.
É preciso que os estudantes percebam a finalidade do texto, bem como os recursos linguísticos usados e o efeito de sentido que visam provocar. [...] É preciso estabelecer a relação entre o texto e os recursos não-linguísticos usados no texto, entre muitas outras operações de construção de sentido que o leitor precisa fazer para compreender o texto.
(http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2009/12/artigo051.pdf Acessado em 17/05/2011).

É desta forma que a escola tem que mostrar para o aluno, a importância crítica e lingüística dos gêneros, oferecendo inúmeras situações de leitura com diferentes gêneros textuais. Para que desperte no aluno a necessidade de ler cada vez mais.
Goldstein, Silva e Ivamoto. (2009) afirmam que o professor deve focar o texto, explicar que o texto pode ser escrito ou falado, que é escrito por alguém para alguém, para um público alvo, para despertar em alguém interesse, ou seja, que o texto foi feito para alguma finalidade. Não basta que o aluno saiba somente ler, o aluno deverá saber o porquê de estar lendo e para que esteja lendo.

4.1 GÊNEROS TEXTUAIS

Gêneros textuais são agrupados segundo suas classificações. Cada gênero designa uma espécie de sequência e tem suas características próprias correspondente ao seu grupo, que chamamos de tipologia textual, a narração, a dissertação, a exposição, a descrição e injunção. Cada um tem as suas características próprias e com objetivos específicos, relativamente estáveis. Gêneros são formas naturais pela qual usamos para podermos nos comunicar, cada uma das inúmeras situações que ocorrem no dia-a-dia exigem gêneros próprios para acontecer, nas situações formais e informais, orais e escritas e que precisam ser codificadas.
Segundo Sereja e magahões, Há momentos em que nos comunicamos de maneira bem informal, quando nos comunicamos com um amigo, quando escrevemos uma receita, quando apreciamos uma obra de arte etc. São gêneros primários que não precisam ser ensinados nas escolas, aprendemos no nosso uso diário, eles podem ser orais e escritos.
Porém há momentos em que nos comunicamos de maneira mais formal e isso exige que tenhamos um domínio mais aprimorado sobre eles, são gêneros secundários, que assim como os primários podem ser orais e escritos, mas precisam ser ensinados na escola para que os alunos possam dominá-los como instrumentos de comunicação, indispensáveis para ampliar suas competências discursivas e linguísticas nas diversas situações.
Considerando as condições de produção, os gêneros textuais costumam ser reunidos em agrupamentos, em função de seus aspectos comuns. Além disso, cada gênero textual apresenta ainda características específicas relativamente estáveis. (GOLDSTEIN, SILVA, IVAMOTO, 2008, p. 15).
Exemplos de gêneros textuais: fábula, conto, carta, bilhete, receita, bula, livro, carta comercial, romance, placa, telefonema, e-mail, etc.

4. 2 GÊNEROS FICCIONAIS
Os gêneros de ficção são gêneros fantasiosos, com função estética, são criados através da imaginação, não são reais, são escritos para promover o lúdico.
Com base no que foi visto até aqui podemos concluir o quanto é importante trabalhar com gêneros textuais com os alunos em sala de aula, para que eles possam assumir desde cedo sua postura de leitores, e como se trata de crianças pequenas podemos começar pelos gêneros ficcionais, como a fábula, o conto, o conto de fadas e o conto maravilhoso, por proporcionar ao leitor um mundo de fantasia e imaginação.
A fábula é uma narrativa que passa para o leitor ou ouvinte uma lição de moral. Normalmente, os personagens são animais com as características do seres humanos, mostram o lado ‘certo’ e o ‘errado’, mostram que quem faz o mal sempre recebe o mal de volta. O Dicionário de gêneros textuais conceitua a fábula como:

[..] Fábula- trata-se de uma narrativa quase sempre breve, em prosa ou na maioria, em verso, de ação não muito tensa, de grande simplicidade cujos personagens, muitas vezes animais irracionais que agem como seres humanos não são de grandes complexidade. Aponta sempre para um ama conclusão ético- moral. É um gênero de grande projeção pragmática por seu claro objetivo moralizador e de grande efeito perclocutório, próprio dos textos narrativos, pois vai ao encontro dos hábitos, das expectativas e das disponibilidades culturais do leitor. (COSTA, 2008, p. 99)

A fábula traz questões que vão muito além de atividade disciplinar, pois proporciona à criança uma ligação entre a história e sua contextualização sobre o que a criança já sabe, ou seja, sobre sua cultura e ensinamentos ético-morais, leva à criança refletir sobre seus conflitos e seu comportamento.
Como lembra Cereja e Magalhães (2005), o conto tem origem bem antiga, vêm de histórias orais como lendas, parábolas bíblicas, novelas medievais, fábula francesa, e hoje o encontramos em livros e até na internet.
O conto, do grupo de gêneros narrativo-ficcionais, é um texto curto com sequência de fatos e efeito e com poucas personagens, fala sobre dramas, divergência, encantamento, mágica, mistério e também sobre os casos inusitados que acontecem na vida das pessoas além do mais tem uma grande ligação com a cultura popular. Passa para o leitor com clareza e em poucas palavras o quer falar.
Há uma grande diversidade de contos, por isso é difícil classificá-los, pois temos conto maravilho, conto fantástico, conto de terror, conto de mistério, conto de amor, conto contemporâneo, conto moderno etc. O dicionário de gêneros textuais classifica o conto como:

[...] Conto são do tipo narrativo pouco extenso com número reduzido de personagem, esquema temporal e ambiental econômico, muitas vezes restrito, a limitação de extensão tem a ver com suas origens socioculturais e circunstâncias pragmáticas. Associa- se ao desejo humano de compartilhar acontecimentos, sentimentos e idéias. Trata- se de atmosfera mágica do “Era uma vez” [...]. (COSTA, 2008, p. 67).

Dentre os diversos tipos de contos, têm o conto de fadas, o conto maravilhoso, o conto de encantamento, o conto de enigma e mistério e o conto jocoso.
Cereja e Magalhães (2005), diz que os contos de fadas são contos de magia e muito encantamento, que nos levam para um mundo imaginário de fantasia, onde tudo pode acontecer, geralmente começa pela expressão “Era uma vez” e quase sempre mostra uma falta feita por alguém e na maioria das vezes termina bem. Geralmente tem uma princesa e um príncipe e seres encantados como bruxas, duendes, fadas. A história acontece normalmente em florestas, bosques, etc. Temos também o conto de fadas moderno que substitui o príncipe ou a princesa por criança ou adolescente das grandes cidades, e os vilões por roqueiros, paqueiros, etc.
O conto maravilhoso é conto que o próprio nome diz, “maravilhoso” onde tudo acontece como deveria acontecer geralmente às personagens são humildes e estão à procura de grandes fortunas, como tesouro perdido, por exemplo, é um conto de magia onde não tem ligação com a realidade oferece fenômenos de mágica, um tanto magnífico, de fundo moralista em muitas ocasiões, com intuito de causar encantamento no leitor.


4.3- PROJETO DE TRABALHO PEDAGÓGICO ENVOLVENDO OS GÊNEROS TEXTUAIS.
A inserção de qualquer gênero no dia-a-dia da sala de aula é, ou pelo menos deveria ser importante decisão de ordem didática que vise a objetivos necessários, sobretudo no que se refere a tornar as aulas mais prazerosas e instigantes para os alunos. Neste projeto sugerimos uso conto, conto de fada, conto maravilhoso e a fábula, Pois uso desses gêneros seguramente será capaz de despertar nos alunos o gosto pela leitura, entretanto, o trabalho com esse gênero pode ter um grau ainda maior, uma vez que possibilita o trabalho com a oralidade.
TEMA: Projeto de incentivo a leitura por meio de gêneros ficcionais, conto, conto de fada, conto maravilhoso e fábula.
TURMA: Projeto destinado a alunos do 3° ano do ciclo I.
ÁREA DO CONHECIMENTO: Língua portuguesa/ Literatura.
DURAÇÃO: O projeto terá a duração de 1 bimestre e será trabalhado, uma a duas vezes por semana, porque há a necessidade de se trabalhar outras disciplinas. Porém a leitura é algo infinito e que é trabalhado permanentemente em todas as disciplinas.
PRODUTO FINAL: Ao final será elaborado um livro com história criada pelos alunos, indevidamente e um mural para exposição.
PÚBLICO ALVO: Alunos do 3º ano do Ciclo I
JUSTIFICATIVA: Incentivar a leitura e o contato com os livros desde cedo.
Tornar a leitura um ato prazeroso.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
Adquirir o prazer da leitura.
Estabelecer relação entre o texto lido e outros já conhecidos.
Desenvolver a capacidade de comentar o que leu.
Incluir informações dadas sobre o texto na elaboração de comentários.
Desenvolver a capacidade de criar histórias e escrever corretamente.
Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos.
Saber reconhecer, organizar e utilizar nas produções os recursos linguísticos presentes nos textos.
Promover o gosto pela leitura vivenciando emoções, fantasias e imaginação, compreendendo que escreve-se para que alguém leia;
Desenvolver as capacidades das habilidades linguísticas: falar, escutar, ler e escrever.
CONTEÚDOS:
Estratégias de Leitura (leitura em grupo, leitura compartilhada, Leitura em voz alta pelo professor, Leitura autônoma); leitura, compreensão e interpretação.
Leitura e reflexão.
Estudo dos aspectos lingüísticos do texto: ortografia, pontuação, coerência e coesão textual; as ilustrações: o texto, a imagem e o autor;
Gêneros ficcionaise e suas características básicas;
O texto narrativo-as seqüências narrativas,
O texto descritivo-a descrição e o ponto de vista;
O texto argumentativo-as seqüências argumentativas, a persuasão, o parágrafo argumentativo;
Textos Literários: conto, conto de fada, conto maravilhoso e fábula;
Produção de uma história individual;
Exposição;
ETAPAS PREVISTAS:
1º Etapa:
Será feita uma roda de conversa com os alunos para verificar quais são seus conhecimentos prévios sobre conto, conto de fada, conto maravilhoso, e fábula, diagnosticados seus conhecimentos, o professor pedirá para que os alunos escolham uma dessas alternativas acima e leiam sozinhos, depois de feito isso peça para eles fazerem um pequeno relato sobre o que leu;
2º Etapa:
Converse com seus alunos sobre suas experiências leitoras, seus critérios para escolher sua leitura em seguida, qual livro você mais gostou de ler, mostre para eles que você enquanto professor gosta muito de ler. Selecione uma fábula, um conto, um conto maravilhoso e conto de fada e leia para eles em voz alta pedindo pra que eles observem os aspectos linguísticos dos textos lidos, assim como, ortografia parágrafo, pontuação coesão, imagens e os autores dos textos.
3º Etapa
Em uma caixa será organizado pelo professor livros de conto de fada, conto maravilhosos, conto, e fábula. Em seguida os alunos serão submetidos escolha de cada um dos textos após, feito as escolhas os alunos irá ler todos os textos escolhidos, fará uma reflexão sobre gêneros textuais, a ortografia usadas nos textos, recursos linguísticos, e as diferenças dos textos reais para os textos não reais. Feito esse processo será feito uma discussão sobre o que eles entenderam dos textos, eles serão aguçados a expor suas opiniões.
4º Etapa:
Faça um levantamento para saber o que os alunos sabem sobre escritas de histórias. Depois de feito esse levantamento explique que a história tem um titulo, que tem começo meio e fim. Tirem todas as duvidas dos alunos.
4º Etapa:
Com base nos textos que os alunos leram e aprenderam durantes as aulas anteriores, eles irão confeccionar uma história individual, inventada por cada um, com ilustração. Se necessário será feita intervenções, de maneira que os façam pensar e resolver a situação problema sozinhos.
5º Etapa
Será feito um mural para exposição das histórias para todos da escola e da comunidade.
LISTAS DE ATIVIDADES:
Roda de conversa;
Leitura autônoma;
Leitura em voz alta pelo professor;
Leitura compartilhada;
leitura e reflexão;
Estudo dos aspectos linguísticos dos textos;
Leitura de textos narrativo, contos, conto de fada, conto maravilhoso, e fábula;
Reflexão sobre as diferenças apresentada os gêneros ficcionais;
Confecção de uma história e exposição;
MATERIAL:
Lápis;
Borracha;
Folha de sulfite;
Jornal;
Dicionário;
Livros de:
Contos, conto de fada, conto maravilhoso, fábula.
Alguns materiais são de uso diário dos alunos, porém os livros e os restantes dos materiais são adquiridos na Sala de Leitura e no deposito de material da Unidade Escolar.
AVALIAÇÃO:
Concepção de avaliação: Formativa/ mediadora.
Técnica de avaliação: Teste.
Instrumento de avaliação: Confecção de um livro com uma história inventada pelos alunos e exposição em um mural.
Unidade de medida: Conceito ótimo, Bom, Regular.
AVALIAÇÂO
Ótimo ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografia, sozinho.

Bom ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografias, Com a intervenção do professor.

Regular ( )
O aluno não conseguiu escrever a história, mesmo com a intervenção do professor.


O Professor durante a avaliação deverá fazer intervenções de acordo com as necessidades dos alunos, provocando os alunos a pensar sobre os erros que possivelmente ocorram, pedindo para revisarem a escrita das histórias, observando palavras com erros ortográficos e de pontuação, pedir para que usem o dicionário para verificação da escrita das palavras, e chegue à resposta certa sozinho.






CAPÍTULO III
PROJEÇÃO À PROFISSIONALIDADE

Este trabalho vai contribui muito na minha trajetória profissional, pois com conhecimento adquirido pude perceber como a leitura é importante no nosso cotidiano e essencial no contexto escolar, como também para a formação de leitores competente e critico.
Foi possível verificar que a escola necessita dispor de muitos livros com qualidade para que seus alunos tenham acesso e que o professor deve ser um exemplo de leitor e usar de muitas estratégias de leitura, ao mesmo tempo deve proporcionar liberdade para os alunos, para que eles escolham o que querem ler, trabalhar com leitura desde a mais tenra idade, estimular para que o leitor tenha um papel ativo no ato de ler, estabelecendo significado ao texto, estimular e envolver os alunos na prática social da leitura, tendo em vista que é lendo que se desenvolve o gosto pela leitura, portanto a leitura deve ser oferecida como algo prazerosa e estimulante, deste modo há a necessidade de se trabalhar com gêneros ficcionais com as crianças pelo fato desses gêneros terem principalmente uma função estática e lúdica.
Ao terminar esse este trabalho, cheguei à conclusão de que não está finalizada a minha pesquisa aqui apresentadas, consegui, sim, levantar alguns pontos para que mais reflexões sejam feitas acerca da leitura na escola, e o uso desses gêneros, do trabalho do professor com a leitura e sobre a análise da minha própria prática.











REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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BRAGA, Reina Maria e SILVESTRE, Maria de Fátima. O leitor competente/ Atividade de leitura para sala de aula. São Paulo: Petrópolis, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza cochar. Texto e interação: Uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2005.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
GOLDSTEIM, Norma, SILVA, Maria Louzada e IVAMOTO Regina. O texto sem mistério: leitura e escrita na universidade. São Paulo: Ática: 2009.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma pratica em construção da Pré escola à Universidade. 20. ed. Porto Alegre: Mediação,1993.
JOLIBERT, Josette. Caminhos para aprender a ler e escrever. Trad. Angela Xavier Brito. São Paulo: Contexto, 2008.
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: O real, o possível e o necessário. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MARIA, LUZIA. O que é conto, 3º Edição. São Paulo: Brasiliense, 1987.
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SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Orientações Curriculares e proposição de expectativa de aprendizagem para o Ensino Fundamental: Ciclo I / secretaria Municipal de Educação- São Paulo: SME/DOT, 2007. Secretaria Municipal de São Paulo, 2007.
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SERINI, Maria Teresa. Como escrever textos. V. 5. (Trad. Maria Augusta Barros de Matos; Adaptação Ana Maria Marcondes Garcia). São Paulo: Globo, 1992.
AMORIM, Galeno. Retratos da leitura no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial/ Instituto Pró-livro, 2008.
SILVA, Marta Pião Alves da. Manual de normalização: Diretrizes de normalização técnica na elaboração de trabalhos acadêmicos e teses, utilizando os padrões ABNT e Vancouver. Guarulhos, SP: Universidade Guarulhos, 2007
WEBGRAFIA
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APRESENTAÇÃO DA FORMAÇÃO DE TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

APRESENTAÇÃO DA FORMAÇÃO DE TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Falar da minha infância é algo que me bons momentos faz lembrar foram dias felizes de minha vida. Nasci no interior do Rio grande do norte em um sitio, onde morei até meus 14 anos, tenho dois irmãos e sou a mais nova, quando eu tinha 4 anos minha mãe morreu e meu pai e meus avos nos criaram. Mas foi um período maravilhoso, que chego a sentir o "cheirinho de saudade", brincávamos muito, de esconde-esconde, pega-pega, casinha, professora, teatro, gincanas, amarelinha e muitas outras, sabe, era tão bom esse tempo, gostava de ir para casa da minha tia, que era pertinho da minha casa e lá agente se divertia muito eu, meus irmãos e minhas primas, subíamos no pé de, mangueira andávamos montado nos jumentos, e fazíamos uma festa, brincávamos de se esconder dentro dos matos...
Eu iniciei na escola quando tinha 7 anos, minha tia abriu uma sala de aula na minha casa e começou a ensinar porém não demorou muito tempo e a sala fechou, fiquei sem estudar, retornado após dois anos em uma escola que funcionava em uma sala de uma casa com crianças de 1º a 4º série todas juntas, porém essa escola ficava muito longe da minha casa, e isso era um dos problemas que atrapalhava, pois muitas vezes eu tinha que faltar porque eu trabalhava na roça e meu Pai não queria que eu estudasse, foram várias vezes que eu ia a escola escondida e quando o meu pai descobria me batia muito, só que eu sempre fui teimosa e nunca desisti. Repeti a 4º série porque no ultimo dia de aula o meu pai me bateu e me trancou dentro de casa. Foi um ensino muito precário, pois a escola não tinha condições financeiras e a professora só tinha estudado até a 5° serie. Apesar de tudo isso eu sempre fui questionadora e buscava sempre aprimorar cada vez os meus conhecimentos.
Aos meus 14 anos eu vim para São Paulo morar com os meus tios e retornei aos meus estudos, conclui a 4° série, porém a 5° série eu estudei somente a metade, pois tive que mudar de bairro no meio do ano e não tinha vagas nas escolas próximas da minha nova casa. No ano seguinte eu retornei a escola e conclui a 5° série. Novamente eu mudei de bairro e na 6º série eu tive que parar.
No ano seguinte eu já estava com 17 anos e resolvi entrar no curso de supletivo, concluir até a 8º série com muita dificuldade, pois tinha que trabalhar de dia e estudar a noite.
O ensino médio eu concluir normal, mas faltando muito porque eu tinha que ficar trabalhando até tarde da noite.
O meu sonho era quando terminasse o ensino médio fazer o magistério, fiz a inscrição, porém no dia da prova eu não pude fazer porque eu estava trabalhando.
Aos meus 22 anos eu fui morar sozinha e acabei ficando grávida, mas o pai do meu filho não quis assumir a criança e eu com muita força assumir tudo sozinha, comprei minha casa e nunca perdi a esperança de um dia entrar na universidade e fazer meu tão sonhado curso de pedagogia.
Por meios de amigos que já estava na universidade no inicio de 2008 conheci a associação dos sem terra situada na lapa que oferece desde a primeira reunião propostas clara para as pessoas que a procuram conseguir sua casa, sua faculdade com desconto que chega até 50% em boas universidade e convênios diferenciados com planos de saúde, escola de idiomas, porém isso tudo é uma pequena coisa comparada a proposta de caminhar na vida em companhia, comparada ao fato de se sentir pertencendo a um povo. E como pode se aprender a viver assim? Conhecendo a vida de todos aqueles que fizeram e fazem essa história acontecer. As reuniões, no início semanal e depois mensal, são os espaços dessa aprendizagem. Nelas se ouve mais sobre o coração que move a Associação e juntos se buscam soluções para os contínuos desafios que a estrada da vida sempre coloca. Foi aí que vi o meu grande sonho sendo realizado, fiquei sócia, porém em julho após tanta luta chegou finalmente o dia de escolher a universidade, por imposição da associação tive que visitar 20 universidades pra decidir qual delas entrar. escolhi a universidade de Guarulhos situada em Itaquá porque era mais próxima da minha casa e eu tinha referencias de amigos.
No dia da inscrição do vestibular, como tudo não foi fácil para mim eu fiquei desempregada, e decidi desistir do meu sonho, porém uma amiga que sempre foi comigo em todas as reuniões não deixou, me convenceu a seguir em frente, fiz o vestibular, passei e finamente entrei na universidade, fui pagando as mensalidades com o meu seguro desemprego, mas não sabia aonde isso ia dá, porém no ultimo mês do meu seguro o pai do meu filho passou a pagar pensão e eu continuei na faculdade pagando a mensalidade com a pensão.
No 1º semestre tive as disciplinas de: História da Educação e tendências pedagógicas, Influências filosóficas na educação I, Linguagens e produção de texto, Metodologia do trabalho científico, Princípios metodológicos e organização pedagógica, Princípios psicológicos aplicado à educação e Didática: organização pedagógica foi muito difícil por eu não ter tido uma escolaridade razoável anterior, fiquei com muito medo de não consegui, porém os professores sempre estavam ali nos motivando, principalmente a professora Ieda e a professora Celina, sempre falando que nos somos capazes, e que nos iríamos consegui, tive muitas dificuldades com as disciplina de Metodologia do trabalho científico e Linguagens e produção de texto, pois tinha- mos que montarmos um pré projeto digitado e com as normas da ABNT, eu não sabia nem o que significava essa sigla, também não sabia nada de informática, mas com muita pesquisa e desempenho eu consegui, porém não tive muito êxito na disciplina de Linguagens e produção de texto, porque era difícil compreender pois o professor não era muito dinâmico e eu ficava um pouco apreensiva e isso me prejudicou muito e acabei ficando de exame, isso foi muito triste, sofri muito e achei que não era capaz, pensei em desistir, mas no dia da prova do exame o professou explicou que isso era normal, e eu compreendi que esse era o jeito dele e que eu era que tinha que me esforçar mais, então eu fiquei mais a vontade e consegui mais do que precisava. A princípio eu ainda não compreendia a importância dessa área da ciência para uma transformação da Sociedade. Por isso me mantinha ainda resistente ao que o curso poderia me oferecer enquanto aprendiz, mas rapidamente já estava no 2º semestre e além das disciplinas de Didática e as concepções pedagógicas, Influências filosóficas na educação II, Metodologia da alfabetização, Metodologia da arte e estética, Novas tecnologias aplicadas à educação, teorias do desenvolvimento aplicadas no processo educativo, tinha ainda que fazer 80 horas de estágio na educação infantil berçário/creche/pré-escola foi aí que realmente o soube o significado do meu curso e da palavra educação,que tem como objetivo principal uma melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, por meio da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos. Com o estágio tive a primeira oportunidade de ter contato com a prática pedagógica, pude perceber como funciona de fato uma escola, uma sala de aula, um pouco do papel do professor de educação infantil, das crianças e a estrutura de uma escola e isso é imprescindível na formação do pedagogo, pois o estágio obrigatório faz-se necessário, pois, é nesse período que o profissional terá contato com o real e uma prática poderá Verificar se realmente é nessa área que quer atuar, além de Proporcionar ao estudante um enriquecimento profissional e pessoal e já tinha decidido que queria atuar na Educação infantil. Porém não demorou muito para começar o 3º semestre e as disciplinas de Educação de jovens e adultos: abordagens e métodos, Estudos sociológicos da educação, Inclusão e diversidade cultural, Ludicidade e desenvolvimento da pessoa, Metodologia da ciência e da saúde, Psicomotricidade e movimento, tinha ainda que fazer 50 horas de aulas complementares e novamente 80 horas de estágio só que desta vez no Fundamental I, foi uma aprendizagem muito significativa, e fui me descobrindo no Curso de Pedagogia. Uma das várias disciplinas durante essas semestres que me identifiquei, foi Introdução a Estudos sociológicos da educação com a professora Ieda, onde as discussões em sala de aula eram fascinantes, a forma como ela ensinava as visões de Durkheim, sobre a idéia de Sociedade, onde ele dizia que a “sociedade é um objeto de estudo, é um conjunto de indivíduos”, Marx com a sua dialética, e as divisões de classes, onde dizia que “Não é a consciência que determina a vida do individuo, e sim a vida do indivíduo que vai determinar sua consciência".
A disciplina da Educação de jovens e adultos com a professora Becky também me deixou fascinada, essa professora é apaixonada pelo Paulo Freire e consegue fazer com que todos se apaixone também por ele, pela maneira que ela fala dele, falava do “Circulo de Cultura” do método de como a Concepção de educação foi utilizado no Brasil, na Guiné Bissau, na Suíça, nos Estados Unidos em Harvard e em livros, ou seja, ela experimentou o “Circulo de Cultura” que segundo Freire é uma experiência que visava substituir algo maçante, isto é, aquela aula na qual os alunos estão presentes nas carteiras apenas como depositários e não tem autonomia, o professor na frente e detentor, falava de como partir do conhescimento do aluno para assim poder ensinar, em fim foi um ambiente agradável onde todos nos tivéssemos o mesmo patamar, onde cada um do grupo definia pra cada um o significado de algo a partir de seu conhecimento, ou seja, não tem professor detentor do saber todos tem o saber, só que um difererente do outro.
No estágio vivênciei um momento de transformação de mudanças e visões quanto as téorias e práticas em relação ao ensino fundamental I.
Passei a refletir as minhas atitudes e principalmente a discutir sobre o que move nossa prática, busquei o consenso de que essa deve ser movida e centrada na criança. A inteionalidade, o plnejar e avaliar processos pelos quais a criança, escola e o próprio educador passam, nõa deixa de está na prática escolar, estão presentes e devem segui o mesmo respeito à criança, centro e movido da Educação. Concegui penetrar no dia- adia da escola, connheci seus métodos de ensino, os materiais didático, as relações professor aluno e aluno professor, os conteúdos ensinados, os sistemas de avaliações, as contribuiçãoes da comunidade, os problemas da escola, e o lado bom da profição de educador e o lado dificil. Porém mais uma véz mudei de idéia decidi atuar no ensino fundamental I.
As horas complemetares também foi muito importante, conheci lugares que se não fosse o Curo de pedagogia eu jamais teria conhecido.
No final do 4º semestre foi à vez das disciplinas de metodologia do ensino da história e geografia, metodologia do ensino da matemática, BRAILE, Noções básicas LIBRAS, Orientações teóricas e práticas na pesquisa educacional, Atividades complementares, Estágio supervisionado na educação de jovens e adultos/ ensino médio e profissionalizante. Foi exatamente no 4º semestre que consegui o meu tão esperado estágio na prefeitura de São Paulo com parceria com CEFAI E CIEE, com contrato de 1 ano, podendo ser prorrogado por mais um ano ou até eu terminar o meu curso fui trabalhar como professora de apoio de criança com necessidade especial, e isso foi muito bom porque além de está trabalhando na área da educação e receber bolsa de estudo eu ia ter mais tempo para me dedicar aos meus estudos e ao meu filho pois trabalhava somente 4 horas e além disso era do lado da minha casa. Só que eu não tinha a menor Idea de como seria trabalhar com criança com deficiência intelectual, quando me deparei com um aluno na sala, fiquei um tanto receosa, mas lembrei das minhas indagações no Curso de Pedagogia e percebi que apesar de vivemos em uma Sociedade de classes antagônicas, que possui "diferenças", nós educadores devemos saber conviver e lidar com a diversidade, principalmente, no ambiente de sala de aula.
Quando chegou o 5º semestre eu fique muito feliz porque já estava quase chegando na reta final, tive as disciplinas de Avaliação e suas abordagens, Direito educacionais, Projetos e concepções interdisciplinares, Introdução a psicopedagogia, Legislação educacional, políticas públicas e educacionais, Atividades complementares, estágio supervisionado em instituições (empr. ongs, hosp. outras), Horas complementares. Porém a disciplina que mais marcou neste semestre foi a de Avaliação e sua abordagem com a professora Cintia pôde perceber da importância de se planejar em sala de aula e como avaliar nossos alunos nas aprendizagens adquiridas no decorrer do processo. Esse trabalho para mim foi de muita importância porque tivemos na sala de aula um momento de discussões, do que é avaliar, para que serve e de como avaliar realmente e nesse sentido cheguei à conclusão que, avaliar seria homonegizar aquilo que é heterogêneo, por isso complexo o processo de avaliação. Também fiz um projeto de como incentivar o hábito de leitura por meio de gêneros textuais, com o professor Tonicarlos e esse projeto me fez buscar questionamento que me emergiu logo no 1° semestre, principalmente durante a disciplina de Linguagens e produção de Texto, com o Professor Vanderlei Maciel De Arruda, acerca da necessidade dos educadores apreenderem os conceitos e ferramentas que possibilitariam a utilização de vários tipos de textos no incentivo ao hábito da Leitura, podendo aplicá-las tanto em ambientes escolares quanto em não escolares, tornando-as instrumentos eficazes para o aprimoramento e problematização dos processos de ensino e de aprendizagem bem como na produção dos currículos prescrito e praticado na escola. Foram questões instigantes como essas que me motivaram a aprofundar meus estudos nesse campo problemático. Como posso usar Gêneros textuais para incentivar o hábito de leitura?
O tão sonhado 6º semestres chegou, Gestão educacional, planejamento e organização da escola, Políticas de financiamento da educação, princípios gerais da administração, Relações interpessoal e ética, Estágio supervisionado - gestão e prestação de serviços, e o tão tenebroso TCC, que vai ser exatamente sobre incentivo a Leitura por meio de Gêneros textuais.
Às vezes nem acredito que cheguei até aqui, já se passaram quase três anos do curso (pedagogia- UNG), nesse período passei por tantos momentos que significaram muito para minha formação pessoal e profissional, perdi noites, vibrei com minhas conquistas, aprendi muitas vezes errando, me decepcionei em seguida motivei, enfim foram emoções que deixaram marcas que vou levar por toda minha vida. Posso dizer que tudo que eu vivi valeu muito a pena, porque foi nesses intervalos que cresci, amadureci, me posicionei diante daquilo que não acreditava principalmente no que diz respeito da minha profissão de pedagoga brevemente.

domingo, 15 de maio de 2011

Leitura

dianacionaldaleitura.com.br/2010/tl_files/arquivos/passaportes/Roteiro_LeitPubl_01Out09.pdf

Ler é Preciso


Ler é preciso, Dicas de Leitura,
Confira


http://www.ecofuturo.org.br/premio/blog/show/376

domingo, 1 de maio de 2011

Tudo sobre leitura

http://tudosobreleitura.blogspot.com/2010/06/imposicao-o-mal-da-escola-diz-escritor.html

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Teoria do currículo

Uma Análise Do Capítulo 1 Do Livro: Documentos De Identidade – Uma Introdução Às Teorias De Currículo. Autor: Thomas Tadeu Silva


Autor: Felipe

O principal objetivo desse primeiro capítulo do livro é produzir uma história do currículo, relevando os principais pontos do surgimento, da institucionalização, e das principais correntes ou teorias que abarcam como tema central o currículo.

Inicialmente o autor afirma que a existência das teorias do currículo está relacionada com a pesquisa, com os estudos, especializações e campos profissionais que tratam do tema, no entanto, não é nesse momento que surge a ideia de currículo, pois, esta se remete a antes da formalização do currículo como um campo da educação, ou seja, já existia na prática professores que tratavam do tema currículo, às vezes sem mencionar a palavra. Silva localiza “A didactica magna”, de Comenius, como um bom exemplo de antecedentes da história de preocupações com o a organização e método.

Adicionalmente o autor afirma, nessa pequena introdução, que em geral as teorias educacionais também são teorias de currículo, mas, ao mesmo tempo, essas teorias nem sempre falam estritamente sobre o assunto.

O termo currículo e seu respectivo significado passaram a ser usados nos principais países europeus recentemente, muito por influência norte-americana, e sua origem deve-se, segundo o autor, “as condições associadas com a institucionalização da educação de massa que permitiram que o campo de estudos do currículo nos Estados Unidos, como um campo profissional especializado.” (pág. 22) A obra que marca essa época é a de Bobbitt, intitulada “The curriculum”, situada no tempo e no espaço ideal para a sua propagação, já que nesse momento os Estados Unidos procuravam moldar as formas de educação em massa de acordo com suas visões. Logo, é importante responder algumas questões cruciais como: Quais os objetivos da educação escolarizada? O que se deve ensinar? Quais as fontes de conhecimento? O que deve estar no centro de ensino?

As respostas para essas questões e para outras poderiam indicar o caminho da educação, e consequentemente do currículo norte-americano, e pela tamanha influência dos Estados Unidos no mundo, o destino da educação de vários países e de seus respectivos currículos, já que a escolha de conteúdos, a organização desses conteúdos, a ordem desses conteúdos, e o objetivo de cada conteúdo, do método, e da organização definiriam o interesse de quem produziu, partindo da ideia assim, que há uma intencionalidade na produção de currículo.

Podemos ver a relação entre o currículo e a intencionalidade através das respostas dadas por Bobbitt a essas perguntas, destacadas por Silva, e que revelam os seguintes pontos introdutórios: [I] Uma concepção conservadora de educação [II] Uma comparação da escola com a fábrica [III] Uma grande influência da obra de Taylor, que lança 6 anos antes sua obra principal, analisando a produtividade na fábrica, e a segmentação da produção como um acelerador da produção e gerador de lucros [IV]Dentro dessa ideia de escola-taylorista a palavra chave de Bobbitt era eficiência.

Esse arsenal de ideias propagou-se por todo o mundo, e se consagrou com uma vertente dominante de currículo e de educação do século XX.

Analisando Bobbitt, Silva encontra outros fatores importantes que definem a concepção de currículo e educação desse autor. Assim, Silva destaca que o currículo de Bobbitt é um tanto quanto mecânico, além da ideia de desenvolvimento curricular está bastante presente, inclusive na literatura estadunidense sobre currículo até os anos 80, deste modo o currículo torna-se uma questão técnica, ou seja, nada de diferente da visão estadunidense sobre a economia.

As ideias de Bobbitt se consolidam no livro de Ralph Tyler, em 1949, marcando de vez a influencia dos Estados Unidos em outros países do mundo, inclusive o Brasil, principalmente por se tratar do fim da segunda guerra mundial, e da liderança dos Estados Unidos no mundo capitalista a partir de 1945, que se manifestava nos aspectos econômicos, políticos, militares e ideológicos.

Silva denomina a concepção de currículo de Bobbitt, e de Tyler como tecnocrático, contrapondo o modelo de currículo de Dewey, julgado pelo autor de progressista, pois responde as perguntas iniciais de forma diferente, privilegiando os aspectos qualitativos e da formação do cidadão.

Essas visões de currículos são criticadas apenas nas década de 70-80, ou seja, há um domínio dessas teorias por quase todo o século XX. Silva afirma assim que:

“Os modelos mais tradicionais de currículo, tanto os técnicos quanto os progressistas de base psicológica, por sua vez, só iriam ser definitivamente contestados, nos Estados Unidos, a partir dos anos 70, com o chamado movimento de reconceptualização do currículo.”

(SILVA p. 27)

O autor faz uma importante sinalização sobre a crítica da visão de educação e currículo, mostrando, como dito anteriormente, que essa crítica emerge com força na década de 70, porém tem uma base muito forte na década anterior, principalmente, devido a diversos movimentos sociais, movimentos de descolonização, movimentos contra guerras, entre outros, que, sobretudo, questionam a ordem existente e promovem intensas discussões, inclusive sobre o modelo de educação. Portanto, a partir dessa década, a estrutura educacional fica em xeque, e será de certa forma reformulada por vários estudiosos a partir da década de 70.

Temos nos Estados Unidos o movimento de reconceptualização, na Inglaterra a nova sociologia da educação, na França uma alavanca sobre estudos de educação gerada a partir das discussões de Pierre Bourdieu, Louis Althusser entre outros autores, no Brasil o surgimento de Paulo Freire, ou seja, há uma tentativa de revolução educacional praticamente ubíqua, partindo da crítica do modelo existente e procurando novos caminhos.

Silva salienta que as teorias críticas emergentes eram teorias de questionamento, que procuravam transformações radicais, e ainda possuíam uma enorme desconfiança em relação aos modelos existentes. Essas novas teorias tinham como objetivo central desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz, fazendo-se entender que esse movimento não era algo homogêneo, apresentando variações de teorias gerais e específicas de currículo.

No bojo dessa transformação um trabalho que é peremptório e revolucionário é o de Louis Althusser, que propõe um debate sobre a ideologia, relacionando sobretudo o Estado e a educação. Assim, o autor destaca que há mecanismos de domínio, e estes são variados, promovendo um esquema entre classe dominante-ideologia - aparelhos ideológicos - sociedade (classe dominada).

Dentro desse esquema, a escola é um dos mecanismos e aparelho de domínio do Estado, tendo no currículo uma transmissão de ideologia, ou uma manifestação de ideologia, já que o que está expresso no currículo é a visão ou o que se pensa da educação, obviamente a visão do Estado, tendo em vista o currículo escolar. Destarte, a escola processa e mantém a estrutura do capitalismo, transmitindo a visão de mundo das classes dominantes através das matérias.

Pierre Bourdieu e Passeron desenvolvem críticas ao modelo de educação partindo do conceito de reprodução, afastando da análise marxista de Althusser. Analisando os trabalhos desses dois autores Silva afirma que: “Nessa análise, a cultura não depende da economia: a cultura funciona como uma economia, como demonstra, por exemplo, a utilização do conceito de capital cultural.” (SILVA p.34) Logo, é na reprodução da cultura dominante que se expande o domínio, o capital cultural, para isso, o currículo é voltado para os interesses da classe dominante, e de certa forma há uma naturalização desse domínio e dessa visão de mundo, como se fosse algo dado, estabelecido e imutável.

Silva aponta o desvio que se faz da teoria desses dois estudiosos, ressaltando que eles não propõem uma educaçãma educaç a o desvio que se faz da teoria desses dois estudiosos, ressaltando que eles n compreender o que o curro dos dominados, e sim, uma maior possibilidade de sucesso no campo da educação para os dominados do sistema capitalista, isto é, oferecer as mesmas condições dadas as crianças da classe dominante para as crianças da classe dominada, a partir da educação e da proposta do currículo.

Prosseguindo no panorama sobre as mudanças ocorridas nas teorias educacionais, Silva discorre sobre o movimento reconceptualista nos Estados Unidos, fixando como grande marco uma conferência de 1973 sobre currículo, tendo como liderança Willian Pinar.

Os reconceptualistas estavam dentro das mudanças promovidas pelo movimento de crítica dos Estados Unidos, onde se enquadrava diversas abordagens, todavia, esse movimento sofria mais influência das abordagens fenomenológicas, autobiográficas e hermenêuticas.

A abordagem fenomenológica de currículo é considerada a mais radical de todas, pois representa uma verdadeira ruptura com a pedagogia tradicional, reconhecendo muito pouco o currículo tradicional. A ênfase dessa perspectiva está no mundo vivido, nas experiências, e na oportunidade dos docentes e discentes examinarem, de forma renovada, os significados da vida cotidiana, muitas vezes, como já dito, tido como algo dado e natural.

Max Manem realiza uma espécie de hermenêutica-fenomenológica, combinando as estratégias da descrição fenomenológica com as estratégias interpretativas da hermenêutica.

A abordagem autobiográfica combina com uma orientação fenomenológica, ficando claro no trabalho de W. Pinar, quando o autor recorre à etimologia da palavra curriculum, para dar outro referencial, dando a ideia de movimento, algo inacabado na ação de “percorrer a pista” (significado de curriculum), e ampliando o conceito de currículo, extrapolando os limites da escola.

A crítica neomarxista às teorias tradicionais de currículo e ao papel ideológico do currículo é identificado no trabalho de Michael Apple, que de certa forma, é um autor que se dedica ao estudo do currículo, promovendo uma análise mais específica do que geral.

O autor recorre a ideia de hegemonia para mostrar o campo de força, e a relação de poder existente na sociedade, sendo o campo social um campo contestado, e de intenso e permanente ato de convencimento da classe dominante, através da ideologia, transformando a dominação econômica e hegemonia cultural. Deste modo, o currículo nunca pode ser considerado algo neutro, e descontextualizado, sendo a seleção que constituiu o currículo um processo que é reflexo de interesses particulares das classes dominantes.

Henry Giroux é outra figura importante nos Estados Unidos que produz uma teorização sobre o currículo. O autor foca nos seus últimos livros na problemática da cultura popular, e sua manifestação no cinema, na música, e na televisão, fazendo a sua análise cada vez mais cultural do que educacional.

Segundo Silva, Giroux:

  1. “Acredita que é possível canalizar o potencial de resistência demonstrado por estudantes e professores para desenvolver uma pedagogia e um currículo que tenham um conteúdo claramente político e que seja crítico das crenças e dos arranjos sociais dominantes. Ao menos nessa fase, Giroux compreende o currículo fundamentalmente através dos conceitos de emancipação e libertação.”o, fazendo a sua anular, e sua manifestaços que produz uma teorizaçsendo a seleçao na açao dos da vida cotidiana, muitas vezes (p. 55)

Dentro dessa perspectiva de currículo de libertação três conceitos são fundamentais, salienta Silva: a esfera pública, intelectual transformador, voz.

Continuando na ideia de libertação temos no autor brasileiro Paulo Freire uma perspectiva renovadora de educação, logo, com efeitos e influências na perspectiva de currículo. O autor parte da questão do que é conhecer, e sua teorização parte desde 1967 com o livro “Educação como prática da liberdade”, e em 1970 em “Pedagogia do oprimido”.

Este último livro por sinal é analisado por Silva pela sua originalidade, sendo distinta de todas as outras perspectivas já analisadas. Primeiramente, partindo de uma análise muito mais filosófica do que sociológica, e da economia política; analisando a dinâmica própria do processo de dominação; observando e revolucionando a educação de um país subdesenvolvido; utilizando conceitos humanistas, como amor, esperança, humildade; um diagnóstico da educação e uma proposta como ela deve ser, ou seja , Paulo Freire é um autor diferenciado dos demais. Paulo Freire inicia o que Silva denominou de uma perspectiva pós-colonialista sobre o currículo.

A partir da década de 80 o imenso predomínio da literatura de Paulo Freire foi questionado pela chamada “pedagogia histórica-crítica” ou “pedagogia crítico-social dos conteúdos”, desenvolvida por Dermeval Saviani.

Saviani separa a política da educação, restringindo essa relação quando as classes subordinadas de apropriam do conhecimento para gerar uma luta política. Além disso, o autor critica os conhecimentos universais, que são considerados como patrimônio da humanidade, e a pedagogia freireana libertadora e pedagogias liberais quando se preocupam mais com o método de aquisição do conhecimento do que com a própria aquisição do conhecimento.

Finalizando, temos a partir de um lançamento de um livro em 1971, a crítica do currículo na Inglaterra, através do movimento conhecido como NSE, nova sociologia da educação. Esse movimento tinha como características principais: Uma tradição de pesquisas empíricas sobre os resultados desiguais produzidos pelo sistema educacional; falta de problematização da natureza do conhecimento escolar ou o papel do currículo na produção e na afirmação das desigualdades;e implicitamente uma crítica a alguns pontos da filosofia educacional analítica.

Uma outra característica geral desse movimento era a preocupação de uma certa coerência entre currículo e avaliação, presente inclusive na obra de Basil Bernstein, a partir de 1975. O NSE teve muito prestígio até a década de 80, quando alterou um pouco sua estrutura fundindo outras tendências na sociologia da educação, multiplicando os campos de estudos.

http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/uma-analise-do-capitulo-1-do-livro-documentos-de-identidade-uma-introducao-as-teorias-de-curriculo-autor-thomas-tadeu-silva-1598465.html


Perfil do Autor

Formado no curso de licenciatura em Geografia na FERLAGOS, Faculdade da Região dos Lagos - Cabo Frio.
Pós graduando no curso de educação básica - modalidade ensino de geografia na UERJ pólo São Gonçalo.
Professor da rede estadual e particular.
Áreas de preferência: Ensino de Geografia e Meio Ambiente.

sábado, 19 de março de 2011

Projeto de Incentivo a leitura

UNIVERSIDADE GUARULHOS

DISCIPLINA: PROJETOS E CONCEPÇÕES INTERDICIPLINARES
PROFESSOR: TONI CARLOS
INCENTIVAR O HÁBITO A LEITURA POR MEIO DE GÊNEROS TEXTUAIS.
JANETE ARAÚJO DE LIMA
ITAQUÁ
NOVEMBRO
2010

SUMARIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
TEMA...........................................................................................................................4
TURMA........................................................................................................................5
ARÉA DO CONHECIMENTO.....................................................................................6
TEMAS TRANSVERSAIS............................................................................................7
DURAÇÃO..................................................................................................................8
PRODUTO FINAL........................................................................................................9
PÚBLICO ALVO.........................................................................................................10
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................11
OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................12
CONTEÚDOS.............................................................................................................13
ETAPAS PREVISTAS................................................................................................14
LISTAS DE ATIVIDADES..........................................................................................16
MATERIAL .................................................................................................................17
AVALIAÇÃO...............................................................................................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................2
INTRODUÇÃO
As atividades que estimulam o hábito da leitura, o conhecimento dos diferentes tipos de fontes de informações (livros, revistas, dicionários, entre outra, livro didático) e a utilização metódica para obtenção de material bibliográfico são fatores que influenciam o aprendizado nos seus diversos momentos da vida e favorecem o desenvolvimento e consolidação do hábito de leitura nas crianças.
A leitura não só desperta na criança o gosto pelos bons livros e pelo hábito de ler como, também, contribui para despertar a valorização exata das coisas, desenvolverem suas potencialidades, estimular sua curiosidade, inquietar-se por tudo que é novo, ampliar seus horizontes e progredir.

TEMA:
Incentivar o hábito da leitura através de gêneros textuais, para alunos do 3º ano do ensino fundamental:
A leitura é muito importante, pois além de ser o veículo eficaz contínuo de aprendizagem, também auxilia o desenvolvimento harmonioso da personalidade. É um instrumento de educação, proporciona condições de formar espíritos críticos, e é uma fonte de crescimento interior. Ler não é apenas instruir, mas divertir e enriquecer para que isso se torne um hábito diário.
Há uma fragilidade no sistema educacional brasileiro e a inexistência de medidas mais amplas e eficazes no sentido de promover a cultura e, por extensão, a leitura.
O projeto terá várias etapas, para mostrar a importância da leitura, criação de história, Leitura em voz alta, Leitura pelos alunos, discussão sobre as histórias lidas e discussão sobre os autores das histórias, no final será escolhida uma história e será feita uma peça de teatro para toda a escola e a comunidade.
É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. A principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão conseqüência natural dessa ação. Por conta dessa concepção equivocada escola vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler (Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa p55).

A leitura deve ser estimulada desde sedo para que se formem leitores capazes de não só decodificar os símbolos, mas sim de saber interpretar o que está sendo lindo para se tornar um leitor crítico, reflexivo e dominar plenamente a leitura, e ser capaz de uma reflexão mais profunda do texto e da realidade.

TURMA:
Esse projeto é destinado para os alunos do 3º ano do ensino fundamental, pois, eles ainda estão em inicio de alfabetização e com isso promover o habito da leitura desde cedo.
ARÉA DO CONHECIMENTO:
Língua portuguesa/Literatura.
TEMAS TRANSVERSAIS:
Pluralidade cultural e ética.
A leitura é um ato que proporciona ao leitor diferentes maneiras de se conhecer o mundo e de diferentes culturas por isso que devemos proporcionar ao aluno diferentes textos e de diferentes maneiras.
Um conhecimento fundamental para a leitura da pluralidade Cultural são as muitas linguagens que se apresentam como fator de identidade de grupos e indivíduos. Conhecer e respeitar deferentes linguagens é decisivo para que o trabalho com este tema possa desenvolver atitudes de diálogo e respeito para com culturas distintas daquela que a criança conhece, do grupo do qual participa. (Parâmetros Curriculares Nacionais Pluralidade cultural p76).

É de suma importância oferecer diversas formas de cultura para o aluno para que desde cedo, aprenda a respeitar o outro e aprenda a ter espírito de cidadania.
Diálogo, respeito mútuo, solidariedade, cooperação. Uso e valorização do diálogo como instrumento para esclarecer os conteúdos e de compartilhar descobertas.
DURAÇÃO:
Terá a duração de aproximadamente, um bimestre, será trabalhado duas vezes na semana porque há a necessidade de se trabalhar outras disciplinas. Porém a leitura é algo infinito e que é trabalhado permanentemente em todas as disciplinas.
PRODUTO FINAL:
Ao final será feito uma elaboração de um livro com história inventada pelos alunos, individual e um mural para exposição.
PÚBLICO ALVO:
O Projeto visa atender a todos os alunos da escola, professores, funcionários, e a todas as pessoas pertencentes à comunidades para que esse público perceba o quanto é importante a leitura e o quanto isso pode ser prazeroso.
JUSTIFICATIVA:
Para formar um bom leitor, é preciso que esse tenha um maior contato com textos. O ideal é não impor títulos, mas metas a serem alcançadas e que o material escrito apresentado aos alunos seja interessante e desperte a curiosidade das crianças. Com esse contato desde as séries iniciais, ao sair da escola, o aluno estará capacitado e habituado a uma boa leitura.
Incentivar a leitura e o contato com os livros desde cedo.
Torna a leitura um ato prazeroso, promover os alunos ativamente em rodas de leitura.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:

Adquirir o prazer da leitura.
Estabelecer relação entre o texto lido e outros já conhecidos;
Estabelecer relação entre o texto real da fantasia.
Desenvolver a capacidade de comentar o que leu.
Incluir informações dadas sobre o texto na elaboração de comentários;
Desenvolver a capacidade de cria historia e escrever corretamente;
Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos;
Saber reconhecer, organizar e utilizar nas produções os recursos linguísticos presentes nos textos.
Promover o gosto pela leitura vivenciando emoções, fantasias e imaginação, compreendendo que escreve-se para que alguém leia;
Desenvolver as capacidades das habilidades linguísticas: falar, escutar, ler e escrever.
CONTEÚDOS:
Estratégias de Leitura (leitura silenciosa, em grupo, individual); leitura, compreensão e interpretação.
O texto: leitura e reflexão.
Estudo dos aspectos lingüísticos do texto: ortografia, pontuação, coerência e coesão textual; as ilustrações: o texto, a imagem e o autor.
Gêneros e Tipos textuais-características básicas dos tipos textuais;
O texto narrativo-as seqüências narrativas, os marcadores de tempo, etc.
O texto descritivo-a descrição e o ponto de vista.
O texto argumentativo-as seqüências argumentativas, a persuasão, o parágrafo argumentativo.
Textos Literários e não literários e contos.
Confecção de uma história.
Exposição.

ETAPAS PREVISTAS:
1º Etapa:
Será feita uma roda de conversa com os alunos para verificar quais são seus conhecimentos prévios sobre leitura, diagnosticado seus conhecimentos, os alunos irão ler em silêncio e em seguida discutir sobre o que entendeu da história lida,
Tempo estimado: 2 h/ aula

2º Etapa:
Será pedido para que os alunos observem os aspectos lingüísticos dos textos lidos, assim como, ortografia parágrafo, pontuação coesão, imagens e os autores dos textos. Tempo estimado.
Tempo estimado: 2 h/ aula.

3º Etapa:
Será, explicado para os alunos sobre diferentes tipos de textos, Gêneros textuais e suas características básicas.
Tempo estimado 2 h/ aula.


4º Etapa
Em uma caixa será organizado pelo professor textos narrativo, descritivo, argumentativo, literários e não literários e contos. Em seguida os alunos serão submetidos escolha de cada um dos textos após, feito as escolhas os alunos irá ler todos os textos escolhidos, fará uma reflexão sobre gêneros textuais, a ortografia usadas nos textos, recursos linguísticos, e as diferenças dos textos reais para os textos não reais. Feito esse processo será feito uma discussão sobre o que eles entenderam dos textos, eles serão aguçados a expor suas opiniões.
Tempo estimado, 4 h/ aula.

5º Etapa:
Com base nos textos que os alunos leram e aprenderam durantes as aulas anteriores, eles irão confeccionar uma história individual, inventada por cada um, com ilustração. Se necessário será feita intervenções, de maneira que os façam pensar e resolver a situação problema sozinhos. Em seguida será feito um mural para exposição das histórias para todos da escola e da comunidade.
Tempo estimado, 4h/aula.
LISTAS DE ATIVIDADES:
leitura silenciosa;
leitura e reflexão;
Estudo dos aspectos lingüísticos do texto;
Leitura de textos narrativo, descritivo, argumentativo,Literários e não literários e contos;
Reflexão sobre diferentes gêneros textuais;
Confecção de uma história e exposição;

Será avaliado a Confecção da história e exposição, com os seguintes critérios:

Ótimo ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografia, sozinho.

Bom ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografias, Com a intervenção do professor.

Regular ( )
O aluno não conseguiu escrever a história, mesmo com a intervenção do professor.


MATERIAL:
Lápis;
Borracha;
Folha de sulfite;
Jornal;
Revista;
Dicionário;
Livros de:
Contos, poesia, literatura;
Alguns materiais são de uso diário dos alunos, porém os livros e os restantes dos materiais são adquiridos na Sala de Leitura e no deposito de material da Unidade Escolar.
AVALIAÇÃO:
Concepção de avaliação: Formativa/ mediadora.
Técnica de avaliação: Teste.
Instrumento de avaliação: Confecção de um livro com uma história inventada pelos alunos e exposição em um mural.
Unidade de medida: Conceito ótimo, Bom, Regular.

Ótimo ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografia, sozinho.

Bom ( )
O aluno conseguiu escrever a história corretamente, Com coerência e coesão, sem erros de ortografias, Com a intervenção do professor.

Regular ( )
O aluno não conseguiu escrever a história, mesmo com a intervenção do professor.


O Professor durante a avaliação deverá fazer intervenções de acordo com as necessidades dos alunos, provocando os alunos a pensar sobre os erros que possivelmente ocorram, pedindo para revisarem a escrita das histórias, observando palavras com erros ortográficos e de pontuação, pedir para que usem o dicionário para verificação da escrita das palavras, e chegue à resposta certa sozinho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A criança quando apresentada ao mundo da leitura necessita receber apoio e incentivos para que tal prática se concretize, uma vez que, o uso diário da leitura durante esta fase de compreensão e conhecimento da leitura é extremamente importante, pois é a partir das expressões e hábitos cotidianos que a criança realiza o entendimento desse universo desconhecido.
Dessa forma a escola tem papel fundamental nesse contexto. É ela, o primeiro espaço legitimado de produção da leitura e da escrita de forma consciente. E é dela, a responsabilidade de promover estratégias e condições para que ocorra o crescimento individual do aluno despertando-lhe interesse, aptidão e competência.
Para finalizar uma apropriação das sabias palavras do grande mestre Rubem Alves: “Bom seria que o professor dissesse aos seus alunos – Leiam esse livro. Ruminem. Depois de ruminar, escrevam os pensamentos que vocês pensaram, provocados pelos pensamentos do autor. Os pensamentos dos outros não substituem os seus próprios pensamentos. Somente os seus pensamentos estão vivos em você. Um livro não é para poupar-lhes o trabalho de pensar. É para provocar o seu pensamento.”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Livro:
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental.
B823p Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa /
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :
144p.

Parâmetros curriculares nacionais. 1. Pluralidade cultura: Ensino
de primeira à quarta série. I. Título.

Parâmetros curriculares nacionais. 2. Ética : Ensino
de primeira à quarta série. I. Título.
CDU: 371.214.

Estratégia de leitura/6º Edição. Solé, I
Editora Artmed.

L.E.R.: Leitura, Escrita e Reflexão: Nova Proposta - 3 Série - 1 Grau.
Editora FDA/ Márcia leite/ Cristina bassi.
Hoffmann, Jussara
Avaliação mediadora: Uma pratica em construção da Pré escola à Universidade/ Jussara Roffmann.- Porto Alegre: Editora Mediação,1993. 20ª Edição,02003. 160 p.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Incentivo ao Hábito da Leitura

Leitura De Livros Paradidáticos


Autor: Walderclaudio Nascimento Santos

O Livro Paradidático

Os conhecimentos que o educando vai desenvolver ao longo de sua caminhada educacional estão estreitamente relacionados ao livro paradidático que a escola trabalha ao longo do período, com seus alunos.

Por mais diversificadas que sejam as concepções e as práticas de ensino e aprendizagem, possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento implica escolher uma abordagem metodológica, ser coerente em relação a ela e, ao mesmo tempo, contribuir satisfatoriamente para a consecução dos objetivos, quer da educação geral, quer da disciplina e do nível de ensino em questão.

Por outro lado, as estratégias propostas devem mobilizar e desenvolver várias competências cognitivas básicas, como a compreensão, a memorização, a análise, a sintaxe, a formulação de hipóteses e o planejamento. Portanto, o livro paradidático não poderá, em detrimento das demais, privilegiar uma única dessas competências, sob pena de induzir a um domínio efêmero dos conteúdos escolares e comprometer o desenvolvimento cognitivo do educando.

Segundo Rangel,

Como instrumento e reflexo dessa situação particular, o livro paradidático precisa atender a essa dupla exigência; de um lado, os procedimentos, as informações e os conceitos propostos nos manuais escolares devem ser corretos do ponto de vista das áreas do conhecimento a que se vinculam. De outro lado, além de corretos, tais procedimentos, informações e conceitos devem ser apropriados à situação didático-pedagógica a que servem. Em decorrência disso, necessitam atender ao consenso dos diferentes especialistas e agentes educacionais quanto aos conteúdos mínimos a serem contemplados e ás estratégias legítimas para a apropriação desses conteúdos. Na medida em que os currículos são a expressão mais acabada desse consenso, é imprescindível que os livros paradidáticos considerem as recomendações comuns às diferentes propostas curriculares estaduais e municipais em vigor. (2000, p.08)

Considera-se fundamental que o livro paradidático venha acompanhado de orientações ao professor que explicitem os pressupostos teóricos, de bibliografia e de sugestões de leituras que contribuam para sua formação e atualização. É importante que oriente o docente para a articulação dos conteúdos do livro entre si e com outras áreas do conhecimento, trazendo, ainda, proposta e discussão sobre a avaliação da aprendizagem. É desejável, também, que apresente sugestões de atividades e de leituras para os alunos.

O livro paradidático é um recurso indispensável dentro do espaço escolar, pois o professor pode utilizá-lo como suporte para planejar suas aulas, elaborar atividades, selecionar questões, ampliar seus conhecimentos, elaborar avaliações. Para o aluno o mesmo torna-se indispensável, pois é através dele que o mesmo interage com a história, desenvolve pesquisas, e conhece civilizações, povos e culturas que existiram há centenas de anos.

A educação escolar caracteriza-se pela mediação didático pedagógica que se estabelece entre conhecimentos práticos e teóricos. Por isso mesmo, seus procedimentos e conteúdos devem adequar-se tanto á situação especifica da instituição escolar e do desenvolvimento do educando quanto aos diferentes saberes a que se recorre. (RANGEL, 2000 p.08)

O livro paradidático é peça fundamental para o cumprimento do currículo escolar, pois com o livro o aluno lê e resolve as atividades no próprio livro sem perca de tempo, sem o livro paradidático o professor tem que tirar uma aula para copiar o conto, a fábula, a história, outra para copiar a atividade de leitura e observação dos fatos e outra para copiar o conteúdo como foco, personagens, lição de vida ou moral da história, todas essas ações poderiam ser realizadas em uma única aula se o professor tivesse o livro paradidático como recurso facilitador da aprendizagem e da leitura.

Quando não há o livro na sala de aula o professor acaba por perder muito tempo copiando conteúdos e atividades, e assim acaba por não conseguir cumprir com a proposta curricular. Portanto, não se pode perder de vista que o objetivo último da educação escolar é “preparar o educando para o exercício da cidadania” e “qualificá-lo para o trabalho”. E isto só se torna possível quando a escola dispõe de bons livros paradidáticos de apoio facilitando assim o processo de ensino e aprendizagem.

A importância do livro paradidático para o desenvolvimento da leitura

Ler é essencial. Através da leitura, testa-se os próprios valores e experiências com as dos outros. No final da leitura de cada livro, fica-se enriquecido com novas experiências, novas idéias, novas pessoas. Eventualmente, fica-se conhecendo melhor o mundo, e um pouco mais de si mesmo.

O livro pode ser entendido como um documento escrito e assinado pela mão da humanidade, que registra a vitória do saber sobre a calamidade da ignorância. Ele é o documento do passado, do presente e uma visão profética do futuro, que ajuda a pessoa a entender o mundo, a vida e a si mesmo. (MENEGOLLA, 1991, p. 100).

Ler é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e por vezes, complicados. Os livros transportam as pessoas para outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros possibilitam que se vivencie em situações e dilemas que nunca poderia imaginar encontrar. Os livros ajudam a sonhar e pensar.

Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros. Na escola aprende-se gramática e vocabulário. Contudo, essa aprendizagem nada é comparada com que se pode absorver de forma natural e sem custo através da leitura regular de livros.

Alguns livros são simplesmente melhores que outros. Alguns autores vêem com mais profundidade o interior de personagens estranhas, e descrevem o que eles vêem e sentem de uma forma mais real e efetiva. As suas obras podem exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente sobre determinados assuntos. Mas o esforço vale a pena, pois esses autores podem proporcionar aventuras que permanecem na memória para toda a vida.

É essencial perseverar. A maioria da boa escrita é multi-facetada e complexa. É precisamente essa diversidade e complexidade que faz da literatura uma atividade recompensatória e estimulante.

Muitas vezes um livro tem que ser lido mais de uma vez e com abordagens diferentes. Estas abordagens podem incluir: uma primeira leitura superficial e relaxada para ficar com as principais idéias e narrativas; uma leitura mais lenta e detalhada, focando as nuances dos textos, concentrando-nos no que nos parece ser as passagens chave; e ler o texto de forma aleatória, andando para trás e para frente através do texto para examinar características particulares tais como temas, narrativa, e caracterização dos personagens.

Segundo Ferreiro:

A necessidade de ler, de se informar, de estar atento aos grandes e pequenos temas, de abandonar a passividade e opinar sobre tudo que nos cerca. A leitura nos dá a segurança na construção da linguagem clara dizendo o que queremos dizer. A informação nos garante um nível satisfatório de argumentos. (FERREIRO, 2004, p.27)

Todo leitor tem a sua abordagem individual, mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um livro e lê-lo várias vezes.

A leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada no período de alfabetização e continuar nos diferentes graus de ensino. Ela constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento.

A leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. Está intimamente ligada ao sucesso do ser que aprende. Permite ao homem situar-se com os outros. Possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e alargamento de experiências. É também um recurso para combater a massificação executada principalmente pela televisão. Para o educando, o livro é ainda um importante veículo para a criação, transmissão e transformação da cultura.

Através do hábito da leitura, o homem pode tomar consciência das suas necessidades, promovendo a sua transformação e a do mundo.

O livro pode ser considerado como precioso recurso de ensino. No entanto, não é tão popular como o giz, o quadro negro, o lápis e o caderno. É grande o número de livros aditados, com inúmeros títulos diferentes que poderiam, se bem utilizados, concorrer para a melhoria da qualidade do ensino, Campos (1987, p. 38) enfatiza que:

O professor tem a liberdade de escolher as obras didáticas para seus alunos em função do conhecimento que tem dos livros, da escola e dos alunos. Pode ainda usar de materiais impressos para o ensino de sua disciplina: dicionários, revistas, jornais e outros e, até mesmo, elaborar seus próprios textos, incentivando assim as muitas formas de ler.

É necessário que se lembre que a educação do ser humano envolve sempre dois fatores, como nomeia Ferreiro (1985); formação e informação. Por isso, os conhecimentos transmitidos às novas gerações devem ser trabalhados com os valores e costumes para que ocorra a sobrevivência e evolução da cultura. Os textos podem ser utilizados na realização de objetivos educacionais tanto para formar como para informar.

A aprendizagem da leitura sempre se apresenta intencionalmente como algo mágico, senão enquanto ato, enquanto processo da descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso. Freire (1985 p.43) diz: “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. Refletindo melhor, se poderia dizer: ninguém ensina ninguém a ler. O aprendizado é em última instância, se desenvolva na convivência, cada vez mais com os outros e com o mundo, naturalmente!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve por finalidade levar o educador a refletir sobre as práticas de leitura desenvolvidas com o apoio do livro paradidático em sala de aula, mostrando tipos de leitura e a importância de se desenvolver a mesma no espaço escolar, pois é através da leitura que o educando interage com os outros e desenvolve, assim, a suas habilidades cognitivas.

Essa interação proporciona o conhecimento da própria realidade social, cognoscitiva e tecnológica como um todo, pois uma triste realidade que podemos observar na escola, é que a maioria dos educadores utiliza o livro didático como único elemento chave da sua prática pedagógica. Sendo assim torna-se para o educando o ensino um processo doloroso. Onde o verdadeiro papel do nosso sistema educacional deveria ser o de acordar o homem para ter vez e voz, de concordar ou discordar, de falar e de calar, de defender seus direitos, quando isto for necessário. Proporcionar uma educação para a inclusão cognoscitiva, ensinando a estender a mão para salvar o homem e não para esmagá-lo. Educar não é oprimir. É libertar. É contestar.

De tudo o que se pode observar, um grande e importante objetivo para o ensino é a formação de um leitor maduro. A maioria dos autores consultados falam em leitor crítico. Tanto a primeira expressão quanto a segunda expressam o grau de aprendizagem do educando e a sua formação para um leitor consciente não depende somente de sua trajetória escolar.

Quanto se delimitou o tema, o que se quis estipular foi que, a superação das dificuldades, e mais especificamente com relação à leitura, não é tarefa de um uma única instituição social, mas de toda a Nação como um todo, através da definição de um projeto político, econômico e social que vise a melhoria das condições de vida da população e seu acesso aos bens socialmente produzidos, incluindo o conhecimento elaborado.

É preciso que todos os profissionais envolvidos na educação tenham a consciência de que é fundamental que o poder público estabeleça uma política educacional clara, com objetivos bem definidos, que garanta atendimento escolar de boa qualidade a toda à população e, ao mesmo tempo, respeite as diversidades sócio-culturais.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. 4.ed. São Paulo: Scipione,1992.

BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo: África, 1995.

BRASIL, MEC. Valorização e Formação: em busca do saber. In: Revista do Professor. Brasília, MEC/SEF, nº25, out. 2003. p. 35.

CAMPOS, Dinah M. Sousa. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis – RJ: Vozes, 1987.

FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Trad. De Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artmed, 1985.

FERREIRO , Emília; TEBEROSKY,Ana . Psicogênese da Língua Escrita.

Èdição comemorativa dos 20 anos de publicação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,1999. 299p.

FERREIRO, Emília. Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Porto Alegre: Artmed, 2004.

FONSECA, Vitor da. Educação Especial. Lisboa: Ed. Notícias, 1989.

FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de Aprendizagem. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1995.

FREIRE, Paulo. A Importância Do Ato De Ler. Em três artigos que se completam, 40. ed. São Paulo: Cortez , 2000. 36p. (Coleção Questão da Nossa Época).

RANGEL, Egon Oliveira, Língua Portuguesa de 1ª a 4ª série. Ministério da Educação. 2000.

Revista Do GEEMPA N0. 6 Ensinando Que Todos Aprendem . Porto Alegre,RS : Edelbra Indústria Gráfica : 1998. 82p.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29.ed. São Paulo: Cortez, 1994.

________ Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (coleção Leitura)

KLEIMAN, Ängela. A concepção escolar da Leitura: oficina de leitura (teoria e prática) São Paulo: Pontes Editores, 1993.

_________ Aspectos cognitivos da leitura. Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 1989.

La TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygostsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

MACEDO, Lino. Ensaios construtivistas. São Paulo: Brasiliense, 1992

MARTINS, Jaqueline Pinto & SANTOS, Gilberto Pinheiro, Metodologia da Pesquisa Científica, Rio de Janeiro: Grupo Palestra 2003.

MENEGOLLA, Maximiliano. Sua Majestade: o livro. In: Mundo Jovem. São Paulo: Abril, nº226, jul. 1991, p. 27.

ORLANDI, E. Pulcinelli. Discurso e leitura. Campinas – SP: Cortez – Unicamp, 1988.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. 5.ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.

___________. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da

leitura. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1992 (Coleção Educação Contemporânea).

___________ Criticidade e leitura: ensaios. Campinas, São Paulo: Mercado de letras, 1981 (Coleção Leituras do Brasil).

TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Porto Alegre: Artmed, 2004.

ZILBERMAN, Regina. Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática (Série Fundamentos)1988.

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/leitura-de-livros-paradidaticos-1131420.html


Perfil do Autor

Graduado em Pedagogia e LETRAS;
Pespecialista em Português e Literatura; Gestão e Coordenação escolar e Docência do Ensino Superior em Educação.
Mestre em Educação;
Doutorando em Educação.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Brincar para aprender












APRENDER BRINCANDO
Brincar é coisa séria
A importância de brincar

Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.

A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias. Para alcançar o pensamento adulto (abstrato), ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família. Posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.

Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc…

Sua sociabilidade se desenvolve; ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo, e a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.

Etapas

O brincar também tem suas etapas de desenvolvimento. A criança começa a brincar sozinha, manipulando objetos. Posteriormente, procurará companheiros para as brincadeiras paralelas (cada um com seu brinquedo). A partir daí, desenvolverá o conceito de grupo e descobrirá os prazeres e frustrações de brincar com os outros, crescendo emocionalmente.

Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não sabe brincar junto. Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. Com os grupos ela aprende que, se não encontrarmos uma forma eficiente de cooperar uns com os outros, seremos todos prejudicados. A vitória depende de todos. Aprende-se a ganhar e a perder.

A atividade lúdica produz entusiasmo. A criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico, adquirindo mais confiança em si e aprimorando seus conhecimentos.

Escolhendo os brinquedos

Veja algumas indicações que podem ajudar a escolher os brinquedos:

• Interesse
É o brinquedo que convida a brincar, que desafia seu pensamento.

• Adequação:
Deve atender a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra e suas necessidades emocionais, sócio-culturais, físicas e intelectuais.

• Apelo à imaginação:
Deve estimular a criatividade e não limitá-la.

• Versatilidade:
O brinquedo pode ser usado de diferentes formas, explorando a inventividade.

• Composição:
As crianças gostam de saber como o brinquedo é por dentro.

• Cores e formas:
O colorido, texturas e formas diferentes a estimulam sensorialmente.

• Tamanho:
Deve ser compatível com sua motricidade (quanto menor a criança, maiores serão as peças do brinquedo).

• Durabilidade:
Brinquedos muito frágeis causam frustração não somente por que se quebram, mas também porque não dão à criança tempo suficiente para estabelecer uma relação com eles.

• Segurança:
Este é um dos mais importantes itens na escolha de um brinquedo. Deve ser feito de tinta atóxica, sem pontas e arestas nem peças que possam se soltar.

Quanto à brincadeira

• Dê tempo para que a criança possa explorar o material, deixando que ela tente sozinha, mas estando disponível se precisar de ajuda.
• Estimule sua auto-estima; faça com que ela se sinta capaz de aprender, dando-lhe o tempo que precisar.
• Encoraje suas manifestações espontâneas, permita que ela tome a iniciativa.
• Introduza propostas novas, estimulando a resolução de problemas.
• Escolha brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse da criança.
• Aumente a dificuldade se notar que o jogo está fácil demais e reduza-a se estiver além de seu entendimento.

E lembre-se: quando apresentar um brinquedo a seu filho, demonstre interesse. Uma caixa vazia, dependendo de como lhe for apresentada, poderá virar uma casa, um barco, um carro, uma torre, uma cama de bonecas, um fogão... ou, simplesmente, uma caixa vazia.

http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?Texto=36