Educação infantil

Educação infantil
É brincando que se aprende

domingo, 19 de junho de 2011

APRESENTAÇÃO DA FORMAÇÃO DE TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

APRESENTAÇÃO DA FORMAÇÃO DE TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Falar da minha infância é algo que me bons momentos faz lembrar foram dias felizes de minha vida. Nasci no interior do Rio grande do norte em um sitio, onde morei até meus 14 anos, tenho dois irmãos e sou a mais nova, quando eu tinha 4 anos minha mãe morreu e meu pai e meus avos nos criaram. Mas foi um período maravilhoso, que chego a sentir o "cheirinho de saudade", brincávamos muito, de esconde-esconde, pega-pega, casinha, professora, teatro, gincanas, amarelinha e muitas outras, sabe, era tão bom esse tempo, gostava de ir para casa da minha tia, que era pertinho da minha casa e lá agente se divertia muito eu, meus irmãos e minhas primas, subíamos no pé de, mangueira andávamos montado nos jumentos, e fazíamos uma festa, brincávamos de se esconder dentro dos matos...
Eu iniciei na escola quando tinha 7 anos, minha tia abriu uma sala de aula na minha casa e começou a ensinar porém não demorou muito tempo e a sala fechou, fiquei sem estudar, retornado após dois anos em uma escola que funcionava em uma sala de uma casa com crianças de 1º a 4º série todas juntas, porém essa escola ficava muito longe da minha casa, e isso era um dos problemas que atrapalhava, pois muitas vezes eu tinha que faltar porque eu trabalhava na roça e meu Pai não queria que eu estudasse, foram várias vezes que eu ia a escola escondida e quando o meu pai descobria me batia muito, só que eu sempre fui teimosa e nunca desisti. Repeti a 4º série porque no ultimo dia de aula o meu pai me bateu e me trancou dentro de casa. Foi um ensino muito precário, pois a escola não tinha condições financeiras e a professora só tinha estudado até a 5° serie. Apesar de tudo isso eu sempre fui questionadora e buscava sempre aprimorar cada vez os meus conhecimentos.
Aos meus 14 anos eu vim para São Paulo morar com os meus tios e retornei aos meus estudos, conclui a 4° série, porém a 5° série eu estudei somente a metade, pois tive que mudar de bairro no meio do ano e não tinha vagas nas escolas próximas da minha nova casa. No ano seguinte eu retornei a escola e conclui a 5° série. Novamente eu mudei de bairro e na 6º série eu tive que parar.
No ano seguinte eu já estava com 17 anos e resolvi entrar no curso de supletivo, concluir até a 8º série com muita dificuldade, pois tinha que trabalhar de dia e estudar a noite.
O ensino médio eu concluir normal, mas faltando muito porque eu tinha que ficar trabalhando até tarde da noite.
O meu sonho era quando terminasse o ensino médio fazer o magistério, fiz a inscrição, porém no dia da prova eu não pude fazer porque eu estava trabalhando.
Aos meus 22 anos eu fui morar sozinha e acabei ficando grávida, mas o pai do meu filho não quis assumir a criança e eu com muita força assumir tudo sozinha, comprei minha casa e nunca perdi a esperança de um dia entrar na universidade e fazer meu tão sonhado curso de pedagogia.
Por meios de amigos que já estava na universidade no inicio de 2008 conheci a associação dos sem terra situada na lapa que oferece desde a primeira reunião propostas clara para as pessoas que a procuram conseguir sua casa, sua faculdade com desconto que chega até 50% em boas universidade e convênios diferenciados com planos de saúde, escola de idiomas, porém isso tudo é uma pequena coisa comparada a proposta de caminhar na vida em companhia, comparada ao fato de se sentir pertencendo a um povo. E como pode se aprender a viver assim? Conhecendo a vida de todos aqueles que fizeram e fazem essa história acontecer. As reuniões, no início semanal e depois mensal, são os espaços dessa aprendizagem. Nelas se ouve mais sobre o coração que move a Associação e juntos se buscam soluções para os contínuos desafios que a estrada da vida sempre coloca. Foi aí que vi o meu grande sonho sendo realizado, fiquei sócia, porém em julho após tanta luta chegou finalmente o dia de escolher a universidade, por imposição da associação tive que visitar 20 universidades pra decidir qual delas entrar. escolhi a universidade de Guarulhos situada em Itaquá porque era mais próxima da minha casa e eu tinha referencias de amigos.
No dia da inscrição do vestibular, como tudo não foi fácil para mim eu fiquei desempregada, e decidi desistir do meu sonho, porém uma amiga que sempre foi comigo em todas as reuniões não deixou, me convenceu a seguir em frente, fiz o vestibular, passei e finamente entrei na universidade, fui pagando as mensalidades com o meu seguro desemprego, mas não sabia aonde isso ia dá, porém no ultimo mês do meu seguro o pai do meu filho passou a pagar pensão e eu continuei na faculdade pagando a mensalidade com a pensão.
No 1º semestre tive as disciplinas de: História da Educação e tendências pedagógicas, Influências filosóficas na educação I, Linguagens e produção de texto, Metodologia do trabalho científico, Princípios metodológicos e organização pedagógica, Princípios psicológicos aplicado à educação e Didática: organização pedagógica foi muito difícil por eu não ter tido uma escolaridade razoável anterior, fiquei com muito medo de não consegui, porém os professores sempre estavam ali nos motivando, principalmente a professora Ieda e a professora Celina, sempre falando que nos somos capazes, e que nos iríamos consegui, tive muitas dificuldades com as disciplina de Metodologia do trabalho científico e Linguagens e produção de texto, pois tinha- mos que montarmos um pré projeto digitado e com as normas da ABNT, eu não sabia nem o que significava essa sigla, também não sabia nada de informática, mas com muita pesquisa e desempenho eu consegui, porém não tive muito êxito na disciplina de Linguagens e produção de texto, porque era difícil compreender pois o professor não era muito dinâmico e eu ficava um pouco apreensiva e isso me prejudicou muito e acabei ficando de exame, isso foi muito triste, sofri muito e achei que não era capaz, pensei em desistir, mas no dia da prova do exame o professou explicou que isso era normal, e eu compreendi que esse era o jeito dele e que eu era que tinha que me esforçar mais, então eu fiquei mais a vontade e consegui mais do que precisava. A princípio eu ainda não compreendia a importância dessa área da ciência para uma transformação da Sociedade. Por isso me mantinha ainda resistente ao que o curso poderia me oferecer enquanto aprendiz, mas rapidamente já estava no 2º semestre e além das disciplinas de Didática e as concepções pedagógicas, Influências filosóficas na educação II, Metodologia da alfabetização, Metodologia da arte e estética, Novas tecnologias aplicadas à educação, teorias do desenvolvimento aplicadas no processo educativo, tinha ainda que fazer 80 horas de estágio na educação infantil berçário/creche/pré-escola foi aí que realmente o soube o significado do meu curso e da palavra educação,que tem como objetivo principal uma melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, por meio da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos. Com o estágio tive a primeira oportunidade de ter contato com a prática pedagógica, pude perceber como funciona de fato uma escola, uma sala de aula, um pouco do papel do professor de educação infantil, das crianças e a estrutura de uma escola e isso é imprescindível na formação do pedagogo, pois o estágio obrigatório faz-se necessário, pois, é nesse período que o profissional terá contato com o real e uma prática poderá Verificar se realmente é nessa área que quer atuar, além de Proporcionar ao estudante um enriquecimento profissional e pessoal e já tinha decidido que queria atuar na Educação infantil. Porém não demorou muito para começar o 3º semestre e as disciplinas de Educação de jovens e adultos: abordagens e métodos, Estudos sociológicos da educação, Inclusão e diversidade cultural, Ludicidade e desenvolvimento da pessoa, Metodologia da ciência e da saúde, Psicomotricidade e movimento, tinha ainda que fazer 50 horas de aulas complementares e novamente 80 horas de estágio só que desta vez no Fundamental I, foi uma aprendizagem muito significativa, e fui me descobrindo no Curso de Pedagogia. Uma das várias disciplinas durante essas semestres que me identifiquei, foi Introdução a Estudos sociológicos da educação com a professora Ieda, onde as discussões em sala de aula eram fascinantes, a forma como ela ensinava as visões de Durkheim, sobre a idéia de Sociedade, onde ele dizia que a “sociedade é um objeto de estudo, é um conjunto de indivíduos”, Marx com a sua dialética, e as divisões de classes, onde dizia que “Não é a consciência que determina a vida do individuo, e sim a vida do indivíduo que vai determinar sua consciência".
A disciplina da Educação de jovens e adultos com a professora Becky também me deixou fascinada, essa professora é apaixonada pelo Paulo Freire e consegue fazer com que todos se apaixone também por ele, pela maneira que ela fala dele, falava do “Circulo de Cultura” do método de como a Concepção de educação foi utilizado no Brasil, na Guiné Bissau, na Suíça, nos Estados Unidos em Harvard e em livros, ou seja, ela experimentou o “Circulo de Cultura” que segundo Freire é uma experiência que visava substituir algo maçante, isto é, aquela aula na qual os alunos estão presentes nas carteiras apenas como depositários e não tem autonomia, o professor na frente e detentor, falava de como partir do conhescimento do aluno para assim poder ensinar, em fim foi um ambiente agradável onde todos nos tivéssemos o mesmo patamar, onde cada um do grupo definia pra cada um o significado de algo a partir de seu conhecimento, ou seja, não tem professor detentor do saber todos tem o saber, só que um difererente do outro.
No estágio vivênciei um momento de transformação de mudanças e visões quanto as téorias e práticas em relação ao ensino fundamental I.
Passei a refletir as minhas atitudes e principalmente a discutir sobre o que move nossa prática, busquei o consenso de que essa deve ser movida e centrada na criança. A inteionalidade, o plnejar e avaliar processos pelos quais a criança, escola e o próprio educador passam, nõa deixa de está na prática escolar, estão presentes e devem segui o mesmo respeito à criança, centro e movido da Educação. Concegui penetrar no dia- adia da escola, connheci seus métodos de ensino, os materiais didático, as relações professor aluno e aluno professor, os conteúdos ensinados, os sistemas de avaliações, as contribuiçãoes da comunidade, os problemas da escola, e o lado bom da profição de educador e o lado dificil. Porém mais uma véz mudei de idéia decidi atuar no ensino fundamental I.
As horas complemetares também foi muito importante, conheci lugares que se não fosse o Curo de pedagogia eu jamais teria conhecido.
No final do 4º semestre foi à vez das disciplinas de metodologia do ensino da história e geografia, metodologia do ensino da matemática, BRAILE, Noções básicas LIBRAS, Orientações teóricas e práticas na pesquisa educacional, Atividades complementares, Estágio supervisionado na educação de jovens e adultos/ ensino médio e profissionalizante. Foi exatamente no 4º semestre que consegui o meu tão esperado estágio na prefeitura de São Paulo com parceria com CEFAI E CIEE, com contrato de 1 ano, podendo ser prorrogado por mais um ano ou até eu terminar o meu curso fui trabalhar como professora de apoio de criança com necessidade especial, e isso foi muito bom porque além de está trabalhando na área da educação e receber bolsa de estudo eu ia ter mais tempo para me dedicar aos meus estudos e ao meu filho pois trabalhava somente 4 horas e além disso era do lado da minha casa. Só que eu não tinha a menor Idea de como seria trabalhar com criança com deficiência intelectual, quando me deparei com um aluno na sala, fiquei um tanto receosa, mas lembrei das minhas indagações no Curso de Pedagogia e percebi que apesar de vivemos em uma Sociedade de classes antagônicas, que possui "diferenças", nós educadores devemos saber conviver e lidar com a diversidade, principalmente, no ambiente de sala de aula.
Quando chegou o 5º semestre eu fique muito feliz porque já estava quase chegando na reta final, tive as disciplinas de Avaliação e suas abordagens, Direito educacionais, Projetos e concepções interdisciplinares, Introdução a psicopedagogia, Legislação educacional, políticas públicas e educacionais, Atividades complementares, estágio supervisionado em instituições (empr. ongs, hosp. outras), Horas complementares. Porém a disciplina que mais marcou neste semestre foi a de Avaliação e sua abordagem com a professora Cintia pôde perceber da importância de se planejar em sala de aula e como avaliar nossos alunos nas aprendizagens adquiridas no decorrer do processo. Esse trabalho para mim foi de muita importância porque tivemos na sala de aula um momento de discussões, do que é avaliar, para que serve e de como avaliar realmente e nesse sentido cheguei à conclusão que, avaliar seria homonegizar aquilo que é heterogêneo, por isso complexo o processo de avaliação. Também fiz um projeto de como incentivar o hábito de leitura por meio de gêneros textuais, com o professor Tonicarlos e esse projeto me fez buscar questionamento que me emergiu logo no 1° semestre, principalmente durante a disciplina de Linguagens e produção de Texto, com o Professor Vanderlei Maciel De Arruda, acerca da necessidade dos educadores apreenderem os conceitos e ferramentas que possibilitariam a utilização de vários tipos de textos no incentivo ao hábito da Leitura, podendo aplicá-las tanto em ambientes escolares quanto em não escolares, tornando-as instrumentos eficazes para o aprimoramento e problematização dos processos de ensino e de aprendizagem bem como na produção dos currículos prescrito e praticado na escola. Foram questões instigantes como essas que me motivaram a aprofundar meus estudos nesse campo problemático. Como posso usar Gêneros textuais para incentivar o hábito de leitura?
O tão sonhado 6º semestres chegou, Gestão educacional, planejamento e organização da escola, Políticas de financiamento da educação, princípios gerais da administração, Relações interpessoal e ética, Estágio supervisionado - gestão e prestação de serviços, e o tão tenebroso TCC, que vai ser exatamente sobre incentivo a Leitura por meio de Gêneros textuais.
Às vezes nem acredito que cheguei até aqui, já se passaram quase três anos do curso (pedagogia- UNG), nesse período passei por tantos momentos que significaram muito para minha formação pessoal e profissional, perdi noites, vibrei com minhas conquistas, aprendi muitas vezes errando, me decepcionei em seguida motivei, enfim foram emoções que deixaram marcas que vou levar por toda minha vida. Posso dizer que tudo que eu vivi valeu muito a pena, porque foi nesses intervalos que cresci, amadureci, me posicionei diante daquilo que não acreditava principalmente no que diz respeito da minha profissão de pedagoga brevemente.